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- Publicada em 11 de Dezembro de 2018 às 01:00

Caminhoneiros realizam protestos isolados no País

Porto de Santos e BR-116 no Rio de Janeiro receberam manifestantes

Porto de Santos e BR-116 no Rio de Janeiro receberam manifestantes


/VALTER CAMPANATO/ABR/JC
Como previsto no domingo pelos líderes das principais entidades que congregam caminhoneiros no País, a paralisação desta segunda-feira não deslanchou e se resumiu em pequenos protestos em pontos estratégicos do País. Na entrada do porto de Santos, entre 15 e 20 motoristas se concentraram no período da meia-noite até às 15h de ontem, movimento que não impediu a regularidade do trânsito e não alterou o fluxo de ingresso de caminhões.
Como previsto no domingo pelos líderes das principais entidades que congregam caminhoneiros no País, a paralisação desta segunda-feira não deslanchou e se resumiu em pequenos protestos em pontos estratégicos do País. Na entrada do porto de Santos, entre 15 e 20 motoristas se concentraram no período da meia-noite até às 15h de ontem, movimento que não impediu a regularidade do trânsito e não alterou o fluxo de ingresso de caminhões.
Na sexta-feira passada, caminhoneiros ameaçaram realizar paralisação depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, decidiu no dia anterior suspender a aplicação de multas, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), pelo descumprimento dos preços mínimos para serviços de frete rodoviário. As punições ficam suspensas até que o STF decida sobre a constitucionalidade do tabelamento, que os caminhoneiros preferem chamar de "piso mínimo".
Outra paralisação interditou parcialmente a rodovia Presidente Dutra (BR-116), no município de Barra Mansa (RJ), no turno da manhã, com aproximadamente dois quilômetros de congestionamento em ambos os sentidos, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Rio de Janeiro. A manifestação de caminhoneiros começou por volta de 5h25min no km 274 da via, e veículos de carga eram obrigados a retornar sentido São Paulo. Houve aglomeração sobre a pista, com alguns veículos retidos, acrescentou a polícia.
A informação também foi confirmada pela assessoria da CCR Nova Dutra. De acordo com a empresa, mesmo com as faixas da pista no sentido Rio de Janeiro liberadas para o tráfego, houve lentidão pela manhã. Às 10h, porém, já não havia mais lentidão. Ainda segundo a CCR, também em Barra Mansa, mas no km 290, houve paralisação no pátio de posto de serviços, sem interdição de faixas. Em Piraí (RJ), no km 233, sentido Rio, havia manifestantes parados no acostamento, e o trânsito estava livre.
Em Pindamonhangaba (SP), no km 92, tanto no sentido Rio, quanto no sentido São Paulo, houve manifestantes parados, mas estavam em postos de serviços e pelo acostamento, sem interromper o tráfego. Às 11h, contudo, os caminhoneiros tinham deixado o local.
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou nota na qual se posiciona contra a greve de caminhoneiros e reafirma seu compromisso a favor do livre mercado. Na nota, informa ainda que nada tem a ver com o Comando Nacional do Transporte, que estaria utilizando a mesma sigla da entidade.

'Não é hora de brincar com povo', diz a Fetrabens

A Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Carga em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens) não participou dos protestos dos caminhoneiros, apesar de acompanhar a mobilização, disse o presidente da entidade, Norival de Almeida Silva Preto.
"Estamos no fim de ano, em que as famílias saem de férias e viajam para descansar. Não podemos atrapalhar a sociedade e até mesmo a transição de um governo que está começando. Não é hora de brincar com o nosso povo e com o País", defendeu Silva Preto, que também preside o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) e é vice-presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA).
"Para e por que esse movimento? Qual será o resultado para o Brasil? Respeito, mas, considero que é prejudicial ao nosso País", argumentou Silva Preto. Na avaliação da entidade, o momento é de aguardar o posicionamento do novo governo com a "credibilidade que foi concedida pela sociedade brasileira para a mudança".
Na opinião do presidente da Fetrabens, os caminhoneiros são os responsáveis pela aplicabilidade e funcionamento da tabela no momento de acordo do frete. "Nós temos de ser fiscais de nós mesmos e não carregar cargas abaixo do piso mínimo. É só exigir que a tabela seja cumprida, porque o peso e o cumprimento da lei ninguém tirou", acrescentou.