A composição do Conselho Monetário Nacional (CMN) deverá ser alvo de avaliação e mudança pela nova equipe econômica, liderada por Paulo Guedes. O CMN é formado hoje pelos ministros da Fazenda, Planejamento e pelo presidente do Banco Central (BC).
Com a reforma ministerial em estudo no governo Jair Bolsonaro, os ministérios da Fazenda e do Planejamento serão fundidos, o que vai afetar a funcionalidade do conselho. Guedes teria dois assentos, acabando com a votação dentro do grupo.
É o CMN que define questões relevantes, como a fixação da meta de inflação e as regras de atuação no mercado bancário, por exemplo. Questionado sobre a perda de funcionalidade do CMN, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirmou que esta será uma decisão do novo governo.
O presidente do BC deverá ficar no cargo por um período de transição, até que o substituto já designado, Roberto Campos Neto, seja sabatinado pelo Senado. A previsão é que Goldfajn fique no cargo até março. Os demais diretores deverão permanecer por mais tempo e o atual diretor de política econômica, Carlos Viana, já sinalizou que ficará um período mais longo.