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Economia

- Publicada em 28 de Novembro de 2018 às 19:09

Ibovespa sobe 1,55% com Powell, mas mantém cautela com cessão onerosa

Agência Estado
O discurso "dovish" (suave) do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, deu direção ao mercado brasileiro de ações, que enfrentava um pregão de volatilidade desde a abertura nesta quarta-feira (28). Além de afirmar que os juros nos Estados Unidos estão "pouco abaixo" do nível neutro, Powell disse não ver "excessos perigosos nos mercados acionários". Essa foi a senha que deflagrou uma corrida às ações nas bolsas de Nova York, com reflexos instantâneos por aqui. O Índice Bovespa subiu com força e terminou o dia com ganho de 1,55%, aos 89.250,82 pontos. Os negócios somaram R$ 16,1 bilhões.
O discurso "dovish" (suave) do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, deu direção ao mercado brasileiro de ações, que enfrentava um pregão de volatilidade desde a abertura nesta quarta-feira (28). Além de afirmar que os juros nos Estados Unidos estão "pouco abaixo" do nível neutro, Powell disse não ver "excessos perigosos nos mercados acionários". Essa foi a senha que deflagrou uma corrida às ações nas bolsas de Nova York, com reflexos instantâneos por aqui. O Índice Bovespa subiu com força e terminou o dia com ganho de 1,55%, aos 89.250,82 pontos. Os negócios somaram R$ 16,1 bilhões.
Com o resultado desta quarta, o principal indicador de ações da B3 voltou a encostar em sua máxima histórica, de 89.598 pontos, registrada em 5 de novembro. Passa, assim, a acumular ganho de 2,09% em novembro. A alta foi garantida principalmente pelo bom desempenho das ações do setor financeiro e de siderurgia e mineração, uma vez que os papéis da Petrobras sucumbiram diante da queda forte dos preços do petróleo.
"Os mercados estiveram otimistas e encontraram na fala do presidente do Fed uma espécie de 'bandeira branca', que deu oportunidade para uma recuperação de preços. Mas não vejo na fala de Powell uma pista de que as elevações de juros estão perto do final", disse Pedro Paulo Silveira, economista da Nova Futura.
Apesar do otimismo, analistas e investidores continuaram cautelosos com questões relacionadas ao governo eleito, principalmente no que diz respeito à cessão onerosa dos lotes excedentes da Petrobras. Segundo operadores, o impasse entre a equipe de transição e o Legislativo limitou o bom humor do investidor.
O economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, admitiu o impasse para aprovação do projeto por causa de dificuldades técnicas para viabilizar parte dos recursos arrecadados para Estados e municípios. "Está difícil, está difícil. A forma de fazer aparentemente ameaça teto de gastos. Tem uma série de consequências que não são simples para o próximo governo", afirmou Guedes, sinalizando que o projeto não tem prazo para ser votado. "Parece que vão passar uma semana discutindo isso", completou.
Na análise por ações, os papéis da Petrobras terminaram o dia com perdas de 1,25% (ON) e de 0,59% (PN). Os preços do petróleo caíram mais de 2% nos futuros de Nova Iorque e Londres. Entre os papéis do setor financeiro, os destaques ficaram com as units do Santander (+2,45%) e Bradesco ON (+3,24%). A queda do dólar penalizou ações exportadoras, como Klabin (-1,45%) e Suzano ON (-0,73%).
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