Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

crédito

- Publicada em 29 de Novembro de 2018 às 01:00

Gasto no exterior no cartão será fixado em real

Novas regras devem demorar um ano para serem implementadas

Novas regras devem demorar um ano para serem implementadas


/FREEPIK/DIVULGAÇÃO/JC
Os gastos feitos em moeda estrangeira nos cartões de crédito internacionais terão seu valor fixado em reais pela taxa de conversão vigente no dia de cada gasto realizado. A medida foi anunciada ontem pelo Banco Central (BC) e passa a valer a partir a partir de 1 de março de 2020. Dessa forma, o cliente ficará sabendo já no dia seguinte quanto vai desembolsar em reais, eliminando a necessidade de eventual ajuste na fatura subsequente.
Os gastos feitos em moeda estrangeira nos cartões de crédito internacionais terão seu valor fixado em reais pela taxa de conversão vigente no dia de cada gasto realizado. A medida foi anunciada ontem pelo Banco Central (BC) e passa a valer a partir a partir de 1 de março de 2020. Dessa forma, o cliente ficará sabendo já no dia seguinte quanto vai desembolsar em reais, eliminando a necessidade de eventual ajuste na fatura subsequente.
"A medida aumenta a previsibilidade para os clientes em relação ao valor a ser pago, evitando o efeito da variação da cotação da moeda estrangeira entre o dia do gasto e o dia de pagamento da fatura", explicou o BC, em nota. Além disso, a medida aumenta transparência e a comparabilidade na prestação do serviço, padronizando as informações sobre o histórico das taxas de conversão nas faturas que terão que ser divulgadas em formato de dados abertos, de forma que os rankings de taxas possam ser estruturados e divulgados.
Para a sistemática de fixação do valor em reais na data do gasto, a fatura terá que apresentar, além da identificação da moeda, a discriminação de cada gasto na moeda em que foi realizado e o seu valor equivalente em reais e as seguintes informações adicionais: data, valor equivalente em dólares (quando a moeda usada na compra for diferente de dólar) e a taxa de conversão do dólar para o real.
De acordo com a circular, as instituições poderão ofertar ao cliente sistemática alternativa de pagamento da fatura pelo valor equivalente em reais no dia de seu pagamento. Nesse caso, diz a circular, o cliente terá que aceitar "expressamente" essa opção.
Segundo o presidente do BC, Ilan Goldfajn, que apresentou os avanços da Agenda BC (formada por medidas para tornar o crédito mais barato, aumentar a educação financeira, modernizar a legislação e tornar o sistema financeiro mais eficiente), a medida vai demorar mais de um ano para ser implementada pelas instituições financeiras. "Algumas instituições já oferecem, outras ainda precisam mudar o sistema. O consumidor vai se sentir mais confortável em saber na hora da compra quando ele gastou. É uma medida que facilita a vida do cidadão", disse.

Juro médio do rotativo registra queda em outubro para 275,7%

O juro médio total cobrado no rotativo do cartão de crédito caiu 3,4 pontos percentuais de setembro para outubro, informou ontem o Banco Central (BC). Com isso, a taxa média passou de 279,1% para 275,7% ao ano.
O juro do rotativo é uma das taxas mais elevadas entre as avaliadas pelo BC. Dentro desta rubrica, a taxa da modalidade rotativo regular passou de 259,9% para 253,2% ao ano de setembro para o mês passado. Neste caso, são consideradas as operações com cartão rotativo em que houve o pagamento mínimo da fatura.
Já a taxa de juros da modalidade rotativo não regular passou de 292,2% para 291,1% ao ano. O rotativo não regular inclui as operações nas quais o pagamento mínimo da fatura não foi realizado.
No caso da modalidade parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 164,5% para 166,1% ao ano. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 62,3% para 60,2% de setembro para outubro.
Em abril de 2017, começou a valer a nova regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos.
A intenção do governo federal com a nova regra era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recuasse, já que o risco de inadimplência do consumidor, em tese, apresenta redução com a migração para o parcelado.
O spread bancário médio no crédito livre subiu de 28,6 pontos percentuais em setembro para 29,6 pontos percentuais em outubro.
De acordo com o Banco Central, o spread médio da pessoa física no crédito livre foi de 42,0 para 43,0 pontos percentuais no período. Para pessoa jurídica, o spread médio passou de 12,1 para 12,7 pontos percentuais.