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Economia

- Publicada em 29 de Novembro de 2018 às 18:43

Líbano quer comprar mais produtos do Rio Grande do Sul

Ricardo Malcon diz que libaneses 'estão enfezados' para comprar produtos gaúchos

Ricardo Malcon diz que libaneses 'estão enfezados' para comprar produtos gaúchos


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Patrícia Comunello
O Rio Grande do Sul tem uma relação muito próxima com o Líbano. Muitos descendentes fizeram do Estado seu habitat e desenvolveram comércio e serviços. Mas agora os libaneses querem muito mais. Um dos focos é aumentar o fluxo de mercadorias do Estado para o país do Oriente Médio. Este é o recado da Câmara de Comércio Líbano-Brasileira, que faz sua estreia no mercado gaúcho nesta sexta-feira (30) em evento que marca os 75 anos da independência do país do Oriente Médio e que deve reunir industriais justamente do Estado.
O Rio Grande do Sul tem uma relação muito próxima com o Líbano. Muitos descendentes fizeram do Estado seu habitat e desenvolveram comércio e serviços. Mas agora os libaneses querem muito mais. Um dos focos é aumentar o fluxo de mercadorias do Estado para o país do Oriente Médio. Este é o recado da Câmara de Comércio Líbano-Brasileira, que faz sua estreia no mercado gaúcho nesta sexta-feira (30) em evento que marca os 75 anos da independência do país do Oriente Médio e que deve reunir industriais justamente do Estado.
Dados da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) apontam que as vendas locais para o país somaram apenas US$ 6 milhões até outubro e basicamente foram formadas por tabaco e calçados. Para ter ideia do baixo fluxo, as exportações totais somaram US$ 17,9 bilhões e as industriais, US$ 13,2 bilhões.
O cônsul honorário do Líbano no Estado, Ricardo Malcon, é um dos líderes da iniciativa. "A história é exportar, estamos enfezados para isso. Já falamos com o Sartori (governador José Ivo Sartori) e informalmente com o futuro governador Eduardo Leite", comenta Malcon, há 22 anos no posto de cônsul honorário. 
No evento, marcado para o Instituto Ling, a meta é estreitar as relações. Foram convidados nomes que lideram empresas como Randon, Marcopolo e Tramontina. "O Estado é o oitavo nas exportações no Brasil para o destino. Mesmo no Brasil, saem mais carnes", confronta o cônsul honorário. 
No mercado gaúcho, ganharam fama e até geram polêmicas entre alguns setores os embarques de bovinos vivos, que têm como uma das entradas o Líbano, e depois são enviados a outros países na região, além da relação com aspectos culturais religiosos. "O Líbano é porta de entrada no Oriente Médio, muitos produtos são comprados e enviados a outras nações", explica Malcon.
No foco dos libaneses e suas câmaras de comércio, estão desde materiais elétricos, de infraestrutura para construção de pontes e outras edificações, ônibus novos e usados e sucos concentrados. Malcon, filho de libaneses, observa que a história de guerras que marca a região gera demandas para reconstrução permanente. A Câmara de Comércio Líbano-Brasileiro foi criada no Estado em agosto.
Segundo Malcon, a assessoria do organismo auxiliará a fazer a conexão entre fabricantes locais e interessados na importação. "O encontro servirá para reforçar o potencial nessa relação. Vamos ver o que tem para vender e começar a mandar para o Líbano, temos escritório lá", explica. Malcon lembra a exportação de carnes, que exige a certificação de abate halal, mas que já é bem desenvolvida no Estado e atende vários países compradores.
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