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Economia

- Publicada em 26 de Novembro de 2018 às 18:57

Juros futuros fecham sessão em alta, pressionados pelo câmbio

Agência Estado
O estresse no mercado de moedas de economias emergentes deu a senha para alguma realização de lucros no mercado de juros nesta segunda-feira (26), e assim as taxas começaram a semana em alta. O câmbio conduziu a trajetória da curva desde a abertura, inicialmente em baixa, com a ajuda da pesquisa Focus, e depois para cima. Na reta final da sessão regular, o dólar acelerou o avanço até acima dos R$ 3,91, o que levou as taxas para as máximas, em especial na ponta longa, que encerraram com alta superior a 20 pontos-base.
O estresse no mercado de moedas de economias emergentes deu a senha para alguma realização de lucros no mercado de juros nesta segunda-feira (26), e assim as taxas começaram a semana em alta. O câmbio conduziu a trajetória da curva desde a abertura, inicialmente em baixa, com a ajuda da pesquisa Focus, e depois para cima. Na reta final da sessão regular, o dólar acelerou o avanço até acima dos R$ 3,91, o que levou as taxas para as máximas, em especial na ponta longa, que encerraram com alta superior a 20 pontos-base.
As principais taxas fecharam a sessão regular no pico, com exceção da do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020, que terminou em 6,97% (6,98% na máxima), ante 6,912% no ajuste de sexta-feira. A taxa do DI para janeiro de 2021 subiu de 7,863% para 7,98% e a do DI para janeiro de 2023, de 9,003% para 9,23%. A taxa do DI para janeiro de 2025 encerrou em 9,76%, de 9,512%. Na etapa estendida, continuaram subindo, encerrando, respectivamente, em 7,00%; 8,03%; 9,30%; e 9,84%. O dólar à vista fechou em R$ 3,9227 (+2,58%), valor mais alto desde o dia 2 de outubro.
"Os juros sentiram o câmbio nesta segunda. As moedas emergentes estão sofrendo, com movimento mais expressivo do real, que só não é pior que o peso argentino", disse Rogério Braga, diretor de Gestão de Renda Fixa e Multimercados da Quantitas Asset. Segundo ele, o estresse no câmbio acabou abrindo oportunidade para alguma recomposição de prêmio na curva, após a forte queda das taxas na semana passada.
Entre os vários fatores que estão pesando sobre o câmbio doméstico, profissionais afirmam que a perspectiva de estabilidade da Selic até 2020 está desestimulando a entrada de fluxo, porque torna desinteressante a arbitragem com as taxas de juros internacionais, num momento de aperto monetário, por exemplo, nos Estados Unidos.
Uma das evidências da expectativa de que a taxa básica não deve subir tão cedo é a movimentação das medianas para IPCA e Selic na pesquisa Focus. Nesta segunda-feira, o Boletim mostrou que a projeção de inflação para 2018 caiu de 4,13% para 3,94% e de 2019 caiu de 4,20% para 4,12%, ambas ainda mais longe do centro da meta de 4,50% e 4,25%, respectivamente. A previsão de Selic para 2019, após permanecer por 44 semanas em 8,00%, recuou para 7,75%.
Com os comandantes dos principais cargos da equipe econômica praticamente definidos, o mercado agora monitora pautas que tramitam no Congresso na esperança de que alguma delas evolua, com destaque para a votação dos projetos da cessão onerosa das áreas do pré-sal, esperado para esta terça-feira no Senado, e de autonomia do Banco Central. Na medida em que avançarem, podem representar uma nova rodada de alívio para os prêmios na curva.
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