O dólar avançou em relação a outras moedas fortes e emergentes nesta sexta-feira (23), impulsionado por um movimento de aversão a risco desencadeado pelo forte tombo nos preços do petróleo, em um dia de liquidez menor após o feriado de quinta-feira nos Estados Unidos.
Perto do horário de fechamento em Nova Iorque, o euro tinha queda a US$ 1,1342 e a libra recuava a US$ 1,2811, enquanto o dólar caía a 112,83 ienes.
A forte queda nos contratos futuros de petróleo neste pregão, que levou os barris do WTI e Brent a fecharem nos menores níveis desde outubro de 2017, levou investidores a apostarem em ativos de maior segurança e impulsionou a divisa americana.
No mercado do óleo, investidores monitoram a maior produção de países-chave, como Arábia Saudita, Rússia e Estados Unidos, em um cenário de preocupações com a desaceleração global e um possível excedente no volume produzido em 2019. Além disso, há expectativa com a cúpula do G-20, na próxima semana, em Buenos Aires, e com a próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), em dezembro.
Mais cedo, o euro já mostrava fraqueza em relação ao dólar, diante da divulgação de indicadores de atividade fracos da zona do euro e da Alemanha. O índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro, que mede a atividade nos setores industrial e de serviços, caiu a 52,4 em novembro, atingindo o menor patamar desde dezembro de 2014, segundo a IHS Markit.
As moedas europeias também acompanharam as negociações do Brexit, em que há desconfiança entre agentes de mercado sobre as chances da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, conseguir levar adiante os esboços de acordo de retirada e de relação futura com a União Europeia (UE) nas instâncias do Conselho Europeu, no domingo, e depois no seu próprio Parlamento, em Londres.
Investidores acompanharam, também, a divulgação PMI composto dos EUA, que caiu de 54,9 em outubro para 54,4 em novembro, menor nível em dois meses, segundo dados preliminares da IHS Markit.