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conjuntura

- Publicada em 22 de Novembro de 2018 às 01:00

Pedro Guimarães é cotado para a Caixa Econômica Federal

Nome do executivo está sendo avaliado para a presidência do banco federal

Nome do executivo está sendo avaliado para a presidência do banco federal


/DAVILYM DOURADO/VALOR/FOLHA PRESS/JC
O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, avalia o nome de Pedro Guimarães para assumir o comando da Caixa Federal. Ontem, no final do dia, Guedes negou que já tenha uma definição de quem vai assumir o cargo que, pelo estatuto do banco, terá que ser referendado pelo futuro presidente Jair Bolsonaro. Os executivos atuais não poderão ser trocados pelo presidente porque, pelas novas regras, precisam ser escolhidos pelo conselho da instituição.
O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, avalia o nome de Pedro Guimarães para assumir o comando da Caixa Federal. Ontem, no final do dia, Guedes negou que já tenha uma definição de quem vai assumir o cargo que, pelo estatuto do banco, terá que ser referendado pelo futuro presidente Jair Bolsonaro. Os executivos atuais não poderão ser trocados pelo presidente porque, pelas novas regras, precisam ser escolhidos pelo conselho da instituição.
Sócio do banco de investimento Brasil Plural, Guimarães possui mais de 20 anos de atuação no mercado financeiro na gestão de ativos e reestruturação de empresas. Doutor em Economia pela Universidade de Rockester (EUA), especializou-se em privatizações.
No comando da Caixa, o próximo titular deverá cuidar da venda da área de cartões de crédito e de seguros. A ideia de Guedes é delegar para a iniciativa privada negócios que não são fazem parte da "política pública" conduzida pelo banco. Essa diretriz também será reproduzida no Banco do Brasil, que deverá vender seu braço de investimentos.
Enquanto não define outros cargos, Guedes trabalha na reestruturação de seu superministério - fusão da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio. Até o momento, seis secretarias estão previstas: comércio exterior; privatizações e desmobilização patrimonial; produtividade e competitividade; assuntos econômicos; arrecadação; e modernização do Estado.
Ontem, Guedes voltou à engenharia de seu ministério porque ainda tenta fundir assuntos em uma mesma secretaria, fazendo chegar a um número final de quatro. O mais cotado para a chefia da secretaria de comércio exterior é Marcos Troyjo, que ajudou na formulação das propostas de governo durante a campanha. Caberá a essa secretaria implementar a política de abertura comercial, um dos assuntos preferidos de Guedes para impulsionar o comércio e estimular a produtividade da economia.
Nas privatizações, o atual secretário de estatais do Ministério do Planejamento, Fernando Soares, pode continuar conduzindo a política de enxugamento nas estatais, incluindo corte ou realocação de servidores. Todas as operações que não forem incluídas no Plano Nacional de Desestatização serão conduzidas por esse grupo.
Guedes quer reunir na secretaria de produtividade e competitividade ações de política industrial hoje espalhadas no Ministério de Indústria e Comércio, Fazenda e Ciência e Tecnologia. Na secretaria de arrecadação podem ficar a Receita Federal, possivelmente a cargo de Jorge Rachid, e as atuais Secretaria de Orçamento (hoje no Planejamento) e a Secretaria Política Econômica (da Fazenda).
A Secretaria do Tesouro, que continuará sob comando de Mansueto Almeida, também pode ficar nesse grupo, mas isso ainda não foi definido. O mais provável é que permaneça independente.
Para ocupar cargos nessa ala, Guedes cogita nomes com o de Marcos Mendes, atual assessor especial do ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e Waldery Rodrigues Júnior, atual coordenador-geral de assessoria econômica da Fazenda. A secretaria de modernização do Estado terá como prioridade o aprimoramento da plataforma de "governo digital" e desenvolvimento de políticas para melhorar a gestão de pessoal, como reformas que permitam a revisão do plano de carreira e flexibilização de servidores na Esplanada. Um dos cotados é Paulo Uebel, ex-secretário de gestão de João Doria. Os planos de Guedes, no entanto, enfrentam resistências. Representantes da bancada evangélica tentam convencer Bolsonaro a manter pelo menos a pasta da Indústria e Comércio independente. A pasta ficaria também com assuntos relacionados ao emprego.
 

Nomeação de Monteiro para Banco do Brasil enfrenta resistência de setores da área política

A equipe econômica do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), relata resistência na área política para levar o atual presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, para a presidência do Banco do Brasil.
Segundo comentários do time chefiado pelo economista Paulo Guedes, o futuro ministro da Economia trabalha pela indicação de Ivan Monteiro, tido como principal nome para o cargo. Na segunda-feira, no Rio de Janeiro, Bolsonaro afirmou que ele poderia ser indicado para a presidência do banco, mas que a decisão cabia a Guedes.
No entanto, há quem questione a escolha por ele ter trabalhado com Aldemir Bendine, ex-presidente da petroleira condenado em janeiro por Sergio Moro por corrupção.
Questões familiares também pesam para que Monteiro eventualmente não aceite a indicação, afirmam fontes do governo Bolsonaro.

Formando em engenharia eletrônico, Pedro Monteiro fez carreira no Banco do Brasil, onde se tornou braço direito de Aldemir Bendine - que o levou à Petrobras ainda no governo de Dilma
Rousseff (PT).

Secretário da prefeitura de São Paulo deve atuar nos processos de privatização

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), convidou o empresário Wilson Poit, secretário de Desestatização da prefeitura de São Paulo, para comandar as privatizações no governo federal. Pessoas próximas ao secretário não confirmam o convite e dizem que ele foi apenas sondado pela equipe de Bolsonaro.
Poit, que deixa nesta semana a gestão Bruno Covas (PSDB), deve dar uma resposta a Bolsonaro nos próximos dias. O secretário ajudou a criar a pasta ainda no governo de João Doria (PSDB), eleito ao Palácio dos Bandeirantes, na prefeitura paulistana.
Poit também atuou na gestão de Fernando Haddad (PT), quando acumulou os cargos de presidente da SP Negócios, SP Turis e da secretaria de Turismo. À frente da SP Negócios, o empresário tinha como responsabilidade incentivar as concessões públicas e parcerias público-privadas da prefeitura.