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Relações Internacionais

- Publicada em 22 de Novembro de 2018 às 01:00

Brasil priorizará comércio mundial na cúpula do G-20

Segundo o Itamaraty, bloco das nações mais ricas tem importância central para os interesses do País

Segundo o Itamaraty, bloco das nações mais ricas tem importância central para os interesses do País


/WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL/JC
O Brasil vai priorizar os temas de comércio internacional e de mudanças climáticas na Cúpula de Líderes do G-20, entre 30 de novembro e 1 de dezembro, em Buenos Aires. A comitiva brasileira será liderada pelo presidente Michel Temer, que convidou o presidente eleito, Jair Bolsonaro, para acompanhá-lo. O Itamaraty já confirmou que Bolsonaro não irá à cúpula argentina.
O Brasil vai priorizar os temas de comércio internacional e de mudanças climáticas na Cúpula de Líderes do G-20, entre 30 de novembro e 1 de dezembro, em Buenos Aires. A comitiva brasileira será liderada pelo presidente Michel Temer, que convidou o presidente eleito, Jair Bolsonaro, para acompanhá-lo. O Itamaraty já confirmou que Bolsonaro não irá à cúpula argentina.
Sobre a participação brasileira no encontro, o diretor do Departamento de Assuntos Financeiros e Serviços do Ministério das Relações Exteriores, ministro Luiz Cesar Gasser, informou que a crise no comércio internacional, os compromissos do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas e as discussões sobre o futuro do trabalho estarão entre os principais tópicos a serem abordados.
"Comércio internacional é um tema que preocupa o governo brasileiro. É de extrema relevância. A mensagem estará presente em termos de uma busca de solução para essa crise que o mundo atravessa no comércio, a necessidade ou não de reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC)", disse, em entrevista no Palácio Itamaraty.
No final de outubro, ao participar da reunião ministerial do Grupo de Fortalecimento e Modernização da OMC, em Ottawa, Canadá, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, alertou para os riscos de paralisação do mecanismo de solução de controvérsias do organismo multilateral. O Brasil foi um dos 12 países convidados pelo Canadá para discutir o futuro da organização.
Desde o ano passado, os Estados Unidos têm resistido a liberar a nomeação de novos juízes para o Órgão de Apelação da OMC, composto por sete membros. Atualmente, o tribunal tem apenas quatro juízes, o que acarreta atrasos na análise de disputas comerciais entre os países.
Segundo o Itamaraty, o G-20 tem importância central para o Brasil por se tratar de um foro de governança global que reúne as principais economias do mundo, em formato flexível, que facilita o debate e a formação de consensos, o que se torna especialmente relevante no momento atual em que o multilateralismo é questionado.

Assinado acordo que acaba com roaming entre Brasil e Chile

Com medida, Temer e Piñera aprofundam comércio de bens e serviços

Com medida, Temer e Piñera aprofundam comércio de bens e serviços


/MARTIN BERNETTI/AFP/JC
Um acordo de livre comércio assinado ontem em Santiago entre os presidentes do Brasil, Michel Temer, e do Chile, Sebastián Piñera, entre outros itens, põe fim à cobrança de roaming internacional para dados e telefonia móvel entre os dois países.
Piñera classificou o acordo como "moderno e de última geração". Segundo ele, o documento apresenta "muitos conteúdos importantes", tanto para o povo chileno como para o brasileiro. "Portanto, vemos a eliminação do roaming, o que fará com que os cerca de 500 mil brasileiros que vêm ao Chile e os cerca 300 mil chilenos que visitam o Brasil possam se comunicar melhor", disse o presidente chileno, ao destacar que micro e pequenas empresas dos dois países terão papel de destaque na integração que será promovida pelo acordo.
O acordo de livre comércio que reúne 17 itens. Além do fim da cobrança de roaming internacional entre os dois países, há, ainda, compromissos em comércio eletrônico, práticas regulatórias, medidas de combate à corrupção, meio ambiente e questões trabalhistas.
O presidente chileno disse que o Brasil não é apenas maior parceiro comercial de seu país, mas também o principal destino em termos de investimentos chilenos. "Esse acordo de livre comércio vem aprofundar o comércio de bens e serviços, e a integração. Portanto, é um grande passo adiante que estabelecemos nessa relação", disse. "Temos, também, novos capítulos no que diz respeito à tecnologia, à cibersegurança, à negociação com relação à Região Antártica e a vários outros aspectos que evidenciam a firme vontade de avançarmos em questões como a do corredor bioceânico, que atravessará o Chile."
Durante o encontro bilateral, também foi anunciado que os chilenos que se aposentaram no Brasil e retornaram a seu país serão beneficiados com a desoneração de uma taxa de 25% cobrada para o envio do benefício ao Chile.

Secretário vê fusão de pastas como senha para maior abertura para negócios

O titular da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) do governo de Michel Temer, Hussein Kalout, disse ontem que a fusão de pastas no superministério da Economia pode ser "a senha" para uma maior abertura comercial do Brasil. Ele reforçou críticas recentes do futuro ministro Paulo Guedes sobre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
"O Mdic, nos últimos anos, acabou sendo capturado por alguns setores", disse, criticando o que chamou de "gambiarras de distorção comercial". "São criadas com objetivos de retardar o processo de abertura comercial", completou.
Segundo o secretário, segmentos industriais passaram a pressionar pelo retardamento do processo de abertura, após a SAE divulgar estudos sobre tais propostas. "Determinados setores não estão só fechados. Eles têm o monopólio", resumiu.
Kalout disse ter defendido, para a nova equipe, a redução para 4% das tarifas de importação de bens de capital e bens de informática, que, hoje, estão em 12%. "Estamos tributando tecnologias que nem produzimos."