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Economia

- Publicada em 20 de Novembro de 2018 às 19:18

Petróleo fecha em forte queda, com fuga de risco, dólar forte e geopolítica

Agência Estado
Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte queda nesta terça-feira (20), aprofundando-se ambos no território do chamado "bear market", caracterizado por uma queda de 20% em relação ao último pico. A cautela em geral dos investidores nos mercados internacionais, com fuga do risco, o dólar valorizado e as declarações americanas sobre a Arábia Saudita influíram para o movimento.
Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte queda nesta terça-feira (20), aprofundando-se ambos no território do chamado "bear market", caracterizado por uma queda de 20% em relação ao último pico. A cautela em geral dos investidores nos mercados internacionais, com fuga do risco, o dólar valorizado e as declarações americanas sobre a Arábia Saudita influíram para o movimento.
O petróleo WTI para janeiro fechou em queda de 6,59%, em US$ 53,43 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para janeiro recuou 6,38%, a US$ 62,53 o barril, na ICE.
O mau humor dos mercados em geral prejudicou o apetite pela commodity, com investidores preferindo alternativas consideradas mais seguras, como os Treasuries. Além disso, no câmbio o dólar se valorizou em geral, o que torna o preço do barril mais caro para os detentores de outras moedas e também atrapalha a demanda.
Durante o pregão, o governo americano ainda divulgou um comunicado do presidente Donald Trump sobre o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, que desapareceu após entrar no consulado saudita em Istambul, no início de outubro. Na nota, Trump reafirma seu apoio ao governo saudita, dizendo que os dois países têm trabalhado juros para "manter os preços do petróleo em níveis razoáveis - tão importante para o mundo". A comunicação sugere que Washington não está interessado em aprofundar punições contra Riad no episódio da morte de Khashoggi, privilegiando manter a boa relação bilateral. A proximidade diminui a possibilidade de que a Arábia Saudita reduza sua oferta, o que tenderia a elevar os preços do petróleo e iria contra os interesses dos EUA.
O petróleo também tem sido pressionado pela possibilidade de que o mundo registre menos crescimento econômico adiante, o que prejudica a demanda pelo óleo. Economista-chefe da Spartan Capital, Peter Cardillo afirmou que os contratos também seguiram hoje a fraqueza dos mercados acionários.
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