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Economia

- Publicada em 20 de Novembro de 2018 às 22:57

Cooperativismo quer mais espaço no Executivo

No governo Leite, Perius pede atenção à agenda que vá além do campo

No governo Leite, Perius pede atenção à agenda que vá além do campo


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Roberta Mello
As principais lideranças do cooperativismo gaúcho se encontraram, ontem pela manhã, com o governador eleito Eduardo Leite para elencar as principais propostas e colocar-se à disposição para colaborar com a construção de alternativas a setores que enfrentam dificuldades no Estado. A principal reivindicação do segmento pode ter efeito logo após a posse do novo mandatário e está vinculado à criação de mais um setor, talvez em formato de coordenação dentro de uma secretaria, especialmente para a área.
As principais lideranças do cooperativismo gaúcho se encontraram, ontem pela manhã, com o governador eleito Eduardo Leite para elencar as principais propostas e colocar-se à disposição para colaborar com a construção de alternativas a setores que enfrentam dificuldades no Estado. A principal reivindicação do segmento pode ter efeito logo após a posse do novo mandatário e está vinculado à criação de mais um setor, talvez em formato de coordenação dentro de uma secretaria, especialmente para a área.
A ideia, explica o presidente da Organização das Cooperativas Ocergs e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Rio Grande Do Sul (Sescoop-RS), Vergilio Frederico Perius, não é descaracterizar a já existente Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), mas garantir visibilidade à agenda dos setores que não estão atrelados ao campo. "O cooperativismo é plural e abrangente. Há 13 grandes áreas, que incluem cooperativas educacionais, de trabalho, de saúde, e que, hoje, não têm suas pautas encaminhadas tão bem quanto poderiam", justificou Perius.
Leite não deu garantias de que iria criar uma pasta específica ao setor, mas ressaltou que esta e outras reivindicações com certeza seriam analisadas com prioridade. "Estamos definindo a estrutura de governo, e o cooperativismo terá o espaço e as condições para o seu desenvolvimento. Isso se dará através do desenho que melhor atender", disse o futuro chefe do Executivo estadual.
Outra reivindicação sublinhada pelo cooperativismo é a ampliação da disponibilidade de energia elétrica e internet aos pequenos municípios do Estado e a continuidade de abertura e desburocratização na liberação das licenças ambientais. O superintendente da Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural (Fecoergs), José Zordan, salientou que, nos últimos anos, iniciou-se um processo de agilização na liberação de licenças pela Fepam.
"Temos 115 pequenas usinas que podem ser executadas no Estado e prevemos investimento em torno de R$ 6 bilhões para a construção de hidrelétricas nos próximos anos. Queremos que seja mantida essa forma", pediu Zordan.
O governador eleito garantiu que não será dado nenhum passo atrás nesse quesito e que sua gestão buscará estabelecer uma "nova lógica de confiança nos empresários". "Na raiz da burocracia está a desconfiança. Porém, não faz sentido punir na origem a todos. Assim como há o desconto do bom motorista, por que não pensamos em beneficiar quem tem histórico de boas práticas", complementou Leite, lembrando promessas que já havia feito na campanha de diminuir os entraves para abertura de negócios.
Ele salientou, ainda, que irá precisar da colaboração de todos para enfrentar a grave crise fiscal que assola o Estado e estimular a geração de riqueza de acordo com a compreensão da vocação de cada região. As cooperativas mantêm grande capilaridade no interior do Rio Grande do Sul e, hoje, são uma das principais fontes de crédito rural. Em 2017, as cooperativas gaúchas geraram R$ 43 bilhões de faturamento, e o valor das sobras alcançou R$ 1,8 bilhão, o que representa uma média per capita de R$ 640,00 de renda adicionada aos sócios.
 
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