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Economia

- Publicada em 21 de Novembro de 2018 às 15:31

Executivas debatem obstáculos que mulheres ainda enfrentam em cargos de liderança

Evento Brasil de Ideias reuniu as executivas Aline Eggers, Priscila Pereira e Michèle Cohonner

Evento Brasil de Ideias reuniu as executivas Aline Eggers, Priscila Pereira e Michèle Cohonner


VINIDALLAROSA/DIVULGAÇÃO/JC
Fernanda Crancio
Instigadas a debater a relação das mulheres com o poder, três executivas de diferentes setores corporativos destacaram a força feminina e os obstáculos que ainda enfrentam em seus cargos de liderança. A temática uniu a francesa Michèle Cohonner, presidente da FM Logistic Brasil, a carioca Priscila Pereira, CEO do Instituto Millenium, e a gaúcha Aline Eggers, diretora administrativa da Fruki, em um bate-papo informal. O encontro, edição especial do projeto Brasil de Ideias, da Revista Voto, foi realizado em Porto Alegre.
Instigadas a debater a relação das mulheres com o poder, três executivas de diferentes setores corporativos destacaram a força feminina e os obstáculos que ainda enfrentam em seus cargos de liderança. A temática uniu a francesa Michèle Cohonner, presidente da FM Logistic Brasil, a carioca Priscila Pereira, CEO do Instituto Millenium, e a gaúcha Aline Eggers, diretora administrativa da Fruki, em um bate-papo informal. O encontro, edição especial do projeto Brasil de Ideias, da Revista Voto, foi realizado em Porto Alegre.
Tradicionalmente voltado ao público feminino, o evento contou com a participação interessada de raros homens na plateia, sedentos em questionar e entender as relações que ainda cercam as questões de gênero, empoderamento e sororidade. Para as painelistas, o desafio ainda está em superar a “cultura da vergonha” que assola muitas mulheres na hora de empreender ou de assumir cargos de liderança.
“Temos de ser criativas, ter uma cabeça inovadora. É muito importante perder a vergonha e o medo. Estado nenhum vai criar lei que dê segurança e poder às mulheres, a mulher tem de fazer por si mesma, entrar na política, abrir uma empresa, gerar empregos a outras mulheres. O empoderamento vem mesmo da gente, mesmo que para isso seja preciso quebrar a cara de vez em quando”, destaca Priscila.
“Precisamos mudar nossa mentalidade e comportamento. A grande diferença (comportamental) das mulheres do Brasil e de países vizinhos é que nos sentimos muito acuadas em ganhar dinheiro, em estar à frente de negócios, em ter cargos altos ou prover a família. É a cultura da vergonha. Não se pode ter vergonha de ser protagonista”, enfatiza a CEO do Instituto Millenium.
A francesa Michèle reconhece que o número de mulheres no meio corporativo ainda é desproporcional, mas revela que nunca pensou que a questão de gênero a impediria de presidir uma grande companhia. “Há 25 anos eu era a única mulher no setor, na França. Isso melhorou muito. Para o homem é estranho ver uma mulher nessa posição, recebi alguns comentários, mas prefiro pensar que tudo é possível”, diz a comandante da unidade brasileira da FM Logistic, há seis anos no País, após ter passado por postos de liderança também na Rússia, Bélgica, Hungria e Itália. Ela comenta, no entanto, que já sentiu necessidade de ter de demostrar credibilidade maior no comando dos negócios, por ser mulher, mas acredita que “tudo é possível, se feito com prazer”.
Já a gaúcha Aline defende que o segredo para a mulher se tornar uma executiva bem-sucedida passa por admitir que não se é à prova de falhas e acreditar no que faz. “Devemos demonstrar amor no que fazemos e reconhecer que temos o poder de transformar e de fazer a diferença. As mulheres têm de incorporar mais características masculinas. Não estamos em mais cargos de gestão ou na política porque temos de fazer escolhas”, destaca, referindo-se às dificuldades que ainda persistem quando as mulheres têm de conciliar família, maternidade e carreira.
“Eu tenho prazer pelo que faço e acredito que esse seja o segredo da dedicação. Quis ser mãe e amo ser mãe. Quis ser empresária e amo ser empresária. E está tudo certo. Faço muita coisa e decidi ser 70% em tudo”, conclui a executiva da Fruki.
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