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Economia

- Publicada em 16 de Novembro de 2018 às 01:00

Com avanço do dólar, Taurus perde R$ 44,6 milhões no 3º trimestre

As ações da Forja Taurus - agora chamada Taurus Armas - bombaram durante a campanha eleitoral

As ações da Forja Taurus - agora chamada Taurus Armas - bombaram durante a campanha eleitoral


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
As ações da Forja Taurus - agora chamada Taurus Armas - bombaram durante a campanha eleitoral com a perspectiva de vitória de Jair Bolsonaro (PSL), mas o período também penalizou seu balanço, informou a empresa na quarta-feira (14).
As ações da Forja Taurus - agora chamada Taurus Armas - bombaram durante a campanha eleitoral com a perspectiva de vitória de Jair Bolsonaro (PSL), mas o período também penalizou seu balanço, informou a empresa na quarta-feira (14).
A forte valorização do dólar ante o real no terceiro trimestre impactou as despesas financeiras da Taurus e contribuiu para um prejuízo de R$ 44,6 milhões - 141% acima do registrado no mesmo período do ano passado.
No acumulado em nove meses, o prejuízo soma R$ 137,2 milhões, 172% superior ao mesmo período de 2017. "Essa valorização afeta, principalmente, os empréstimos contratados em dólar, que, no final de cada trimestre, são precificados pela cotação do último dia do trimestre", disse a Taurus.
Em 29 de junho, o dólar comercial era cotado a R$ 3,889. Em 28 de setembro, havia subido quase 4%, para 4,038%. No ano, a moeda acumula alta de 14%.
"Temos uma dívida que veio do passado e que é basicamente dolarizada. Com a variação grande do dólar no trimestre, a dívida aumentou proporcionalmente. O que nos deixa confortáveis é que 80% do nosso faturamento também é em dólar, então temos um hedge (proteção) natural da dívida", disse Salesio Nuhs, presidente da Taurus.
As despesas da companhia avançaram 1% no terceiro trimestre, na comparação com 2017, e 18% ante o segundo trimestre deste ano. Em nove meses, porém, houve redução de 3,8%. Em relação ao segundo trimestre deste ano, quando o prejuízo da Taurus foi de R$ 94 milhões, o desempenho negativo da companhia caiu pela metade. 
Entre julho e setembro, as receitas da Taurus avançaram 3%, com impulso significativo na venda de armas no Brasil. Enquanto as exportações desse segmento aos Estados Unidos recuaram 4%, na comparação com 2017, a venda de armas no mercado local saltou 52%.
Segundo a empresa, a forte valorização do dólar não gerou efeito no caixa da empresa porque "a dívida está reperfilada no longo prazo". O Ebitda (lucro antes de juros, impostos e amortizações) do terceiro trimestre foi de R$ 24,3 milhões, ante um Ebitda negativo de R$ 27,6 milhões no ano passado.
Enquanto a empresa acumulava prejuízos, as ações da Taurus subiam 76% no terceiro trimestre e, no ano, têm valorização de 136,3%. No último dia de pregão antes do segundo turno, em 26 de novembro, os papéis atingiram a máxima de R$ 11,00. Desde que o pleito foi definido, as ações da Taurus caíram 54%, cotadas a R$ 5,08.
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