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Economia

- Publicada em 16 de Novembro de 2018 às 01:00

Venezuela, Cuba e Moçambique devem R$ 1,7 bi ao Bndes

Venezuela, Moçambique e Cuba devem R$ 1,7 bilhão (US$ 459,2 milhões) ao Bndes em pagamentos atrasados. A maior parte das dívidas é de empréstimos para obras nesses países de construtoras brasileiras, como Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa. Como os financiamentos têm garantia do Tesouro, a conta poderá ficar em Brasília. O projeto de orçamento de 2019 já prevê R$ 1,4 bilhão de gastos para cobrir calotes.
Venezuela, Moçambique e Cuba devem R$ 1,7 bilhão (US$ 459,2 milhões) ao Bndes em pagamentos atrasados. A maior parte das dívidas é de empréstimos para obras nesses países de construtoras brasileiras, como Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa. Como os financiamentos têm garantia do Tesouro, a conta poderá ficar em Brasília. O projeto de orçamento de 2019 já prevê R$ 1,4 bilhão de gastos para cobrir calotes.
O caso que mais preocupa é o da Venezuela. O país tem um total de US$ 274 milhões de pagamentos da dívida em atraso com o Bndes - US$ 159 milhões atrasados há mais de 180 dias. Pelo câmbio médio do terceiro trimestre, o total atrasado há mais de 180 dias equivale a R$ 628 milhões. 
No caso de Cuba, os atrasos somam US$ 71,2 milhões - US$ 26 milhões em financiamentos de exportação do Bndes e cerca de US$ 40 milhões no Proex Financiamento, linha com subsídios federais para apoiar exportações de empresas de menor porte -, mas o quadro piorou recentemente.
A ilha caribenha chegou a pagar, com atraso, a parcela de maio, mas agora deve parcelas desde junho. A economia cubana foi atingida neste ano pela crise da Venezuela, que subsidiava o fornecimento de petróleo à ilha. Também foi afetada pela reversão de parte da distensão diplomática com os EUA, após a posse de Donald Trump. Já os atrasos de Moçambique são mais antigos, começaram em novembro de 2016 e somam US$ 114 milhões.
Os atrasos fizeram o Bndes elevar as provisões para crédito duvidoso - o montante que os bancos separam em seus balanços financeiros para fazer frente a possíveis calotes. O diretor de Estratégia e Transformação Digital da instituição de fomento, Ricardo Ramos, frisou que esses empréstimos têm garantia do Tesouro, por meio do Seguro de Crédito à Exportação (SCE), bancado pelo Fundo de Garantia às Exportações (FGE).
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