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Economia

- Publicada em 13 de Novembro de 2018 às 18:07

Alimentos e bebidas miram desejo e experiência do consumidor

Molinari explica que o empreendedor precisa conhecer seu consumidor e o dos concorrentes

Molinari explica que o empreendedor precisa conhecer seu consumidor e o dos concorrentes


PAULO EGIDIO/ESPECIAL/JC
Paulo Egídio
Entender o futuro do mercado consumidor e as exigências e necessidades dos clientes nos próximos anos são apontados por especialistas como dois dos principais desafios do segmento de alimentação e bebidas no Brasil. Esses e outros temas foram discutidos em um seminário sobre o setor, realizado pela seccional gaúcha do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RS) nesta terça-feira (13), em Porto Alegre.
Entender o futuro do mercado consumidor e as exigências e necessidades dos clientes nos próximos anos são apontados por especialistas como dois dos principais desafios do segmento de alimentação e bebidas no Brasil. Esses e outros temas foram discutidos em um seminário sobre o setor, realizado pela seccional gaúcha do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RS) nesta terça-feira (13), em Porto Alegre.
O evento foi realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) e recebeu profissionais da indústria, produtores, distribuidores e fornecedores. Nos painéis, realizados durante todo o dia, economistas projetaram o cenário da economia para o futuro, especialistas do setor avaliaram as tendências de mercado e empresários que aplicaram inciativas inovadoras em seus negócios apresentaram suas estratégias.
A noção predominante é de que, em um cenário de retomada da economia, o cliente está exigente sobre a experiência de consumo. Entre os principais analistas do segmento no País, o fundador da Food Consulting, Sergio Molinari, explica que o empreendedor precisa conhecer tanto seu próprio consumidor quanto o dos concorrentes. “Qualquer inovação deve partir das aspirações do cliente”, resume Molinari.
O consultor considera a tecnologia como o “grande vetor” da busca por compradores e defende que as novas propostas de consumo devem estar associadas ao uso de smartphones – tendência crescente no País. “Qualquer procedimento de e inovação, seja de produto, cardápio, ambiente ou atendimento, passa por aprimorar a capacidade de interpretar o cliente e prever as necessidades e desejos que vão existir nos próximos anos”, explica Molinari.
Um dos exemplos de sucesso apresentado no seminário, o empreendedor Jeison Scheid, da Alfajores Odara, afirma que o relacionamento dos clientes foi essencial para o crescimento da marca, que surgiu há cinco anos, cresceu em meio à crise econômica e já conta com 17 colaboradores. “Sempre tentamos passar nossa essência (Odara, em hindú, significa paz de espírito e tranquilidade). Para fazer uma comunicação genuína, tem que ser real o que se está comunicando. O consumidor percebe quando e forçado”, diz Sheid.
Outro diferencial, relata o empresário, foi a decisão de priorizar a qualidade em vez da disputa de preço. “O pessoal não se importa em gastar um pouquinho mais para ter uma experiência positiva”, garante o empresário, que prepara o lançamento de duas novas opções da alfajores - 70% cacau e sem lactose – para aumentar o mix de produtos em 2019.
No Sul do Estado, Maria Helena Lubkejeske, dona da Imperatriz Doces Finos, relatou sua trajetória de agricultora que acabou montando uma fábrica dos famosos quitutes de Pelotas. Uma das apostas, que ajudou a valorizar a marca e os produtos, foi explorar a "marca" dos doces, agora reconhecida. "Nosso diferencial envolve hoje o turismo e como atender nosso consumidores", diz Maria Helena, que está montando uma nova fábrica e terá museu inspirada em símbolos portugueses e os doces como atrativos para visitantes experimentarem a fama dos doces pelotenses.
De acordo com o coordenador de Alimentos e Bebidas do Sebrae-RS, Roger Klafke, a aposta em produtos com alto valor agregado é uma “grande oportunidade” para as micro e pequenas empresas. “Produtos artesanais, orgânicos, ou com uma característica especifica, como embalagem ou insumo de qualidade, conduzem a um diferencial de mercado”, considera Klafke.
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