O Índice Bovespa teve nesta quinta-feira (8) sua terceira queda consecutiva, atribuída ainda a uma realização de lucros acumulados recentemente. A falta de novidades relevantes no cenário político doméstico e a cautela com o cenário internacional mantiveram o mercado com pouca tração para retomar a trajetória de alta. Com isso, o Ibovespa terminou o dia em queda de 2,39%, aos 85.620 pontos, na mínima do dia.
Ao final do pregão, Petrobras ON e PN perderam 3,29% e 3,61%. Os papéis do setor financeiro, bloco de maior peso na composição do Ibovespa, também pesaram sobre o resultado final. Bradesco ON caiu 3,68% e Banco do Brasil ON, que divulgou resultado dentro do esperado, caiu 2,05%.
O dólar teve comportamento instável e fechou em alta modesta, de 0,22%, aos R$ 3,7479. Após abrir descolado dos pares emergentes, em queda frente ao real, a moeda americana se alinhou ao cenário externo e chegou a tocar os R$ 3,76 no meio da tarde, para depois voltar a ter viés negativo, logo antes da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Já próximo do fechamento, a divisa reverteu a queda, mas fechou próxima da estabilidade.
Os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed decidiram, por unanimidade, manter a taxa dos Fed funds inalterada na faixa entre 2,00% e 2,25% nesta quinta-feira.
Ao justificar a decisão, o Fed afirmou, em comunicado, que as informações recebidas desde a reunião do início de agosto indicam que o mercado de trabalho dos EUA continuou a ganhar fôlego e que a atividade americana apresenta expansão a um ritmo "forte". O Fed reiterou que espera aumentar as taxas de juros de maneira gradual.