Presidente eleito se diz 'empenhado' em votar a reforma da Previdência

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou que "está empenhado" nas negociações para a aprovação da reforma da Previdência. De acordo com ele, foram realizadas reuniões ontem e estão programadas outras para hoje com integrantes do Congresso que estão tratando do tema, para verificar se podem ser apressadas questões relativas a esse tema, inclusive por meio de lei ordinária ou complementar.

Bolsonaro não revelou com quem serão as reuniões e fez questão de tentar desfazer o mal-estar criado pela afirmação do seu futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse que precisava dar "uma prensa" no Congresso para aprovar a Previdência. "A palavra não é prensa. É convencimento", tentou amenizar, lembrando que os parlamentares são independentes e não são movidos a pressão. "Ninguém vai pressionar parlamentar. Nós vamos é tentar convencê-los", avisou.

Depois de dizer que reconhece que a sua participação nessas negociações é fundamental, Bolsonaro emendou: "Lógico que vou me empenhar e já estou me empenhando".

Ele salientou que também vai conversar sobre a tramitação desse tema no Congresso com o presidente da República, Michel Temer, no encontro da tarde desta quarta-feira, além de se reunir com alguns deputados, mas disse que eles pediram sigilo.

"De hoje para amanhã, estarei com alguns parlamentares que estão participando desse trabalho, e alguns deles me disseram que têm propostas via lei ordinária, lei complementar, que dá para um avanço. O que queremos é votar alguma coisa o quanto antes", declarou.

Para Bolsonaro, não é problema se desgastar para brigar pela reforma da Previdência agora. "Obviamente, é um desgaste votar a reforma da Previdência. Mas eu não vou me furtar desse compromisso. Eu vim candidato e sabia que teríamos muitos problemas pela frente", declarou. E brincou: "Não é só felicidade e lua de mel. O casamento começou muito antes da data marcada, que é 1 de janeiro".

Na opinião do presidente eleito, se conseguirem aprovar algo agora, não será vitória dele, Bolsonaro, "seria vitória do Brasil". Segundo ele, "só podemos avançar na área econômica se fizermos essa reforma da Previdência".