O presidente Michel Temer afirmou ontem que é provável que o déficit deste ano seja cerca de R$ 20 bilhões menor do que a previsão feita de R$ 159 bilhões. De acordo com ele, o resultado derruba a descrença dos que acharam que o seu governo não daria certo e dos que consideraram a proposta do teto de gastos como a "proposta da morte".
"Sem embargo de termos feito tanto pelo País, é possível que nem se atinja o valor do teto", afirmou Temer em discurso durante a cerimônia de entrega de cerca de 500 veículos para a Rede de Assistência Social do País, realizada no Palácio do Planalto. Questionado sobre o valor exato, Temer afirmou não saber de cabeça, mas garantiu que o déficit não será de R$ 159 bilhões como estava previsto.
Para o presidente, as críticas sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto de gastos se mostraram infundadas porque o governo federal aumentou as verbas para as áreas da saúde e educação.
De acordo com Temer, o resultado ajudará o Orçamento do ano que vem, que será herdado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. Temer também manifestou o desejo de usar, ainda neste ano, parte do recurso que sobrar para investimentos na área social. "Quero ver se faço uma reequação (sic) dos valores que remanesceram", disse.