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Economia

- Publicada em 30 de Outubro de 2018 às 09:47

Desemprego cai para 11,9% no terceiro trimestre e atinge 12,5 milhões

De abril a junho, a desocupação havia ficado em 12,4%

De abril a junho, a desocupação havia ficado em 12,4%


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O crescimento da mão de obra informal empurrou a taxa de desemprego brasileira para 11,9% no terceiro trimestre, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (30). De abril a junho, a desocupação havia ficado em 12,4%.
O crescimento da mão de obra informal empurrou a taxa de desemprego brasileira para 11,9% no terceiro trimestre, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (30). De abril a junho, a desocupação havia ficado em 12,4%.
O movimento foi impulsionado pelo aumento da informalidade, que fez a população ocupada aumentar em 1,5% no período, somando 92,6 milhões de brasileiros. O número de desocupados, por sua vez, caiu 3,7% (-474 mil), para 12,5 milhões de pessoas.
"Tem uma retirada de pessoas da fila da desocupação, uma queda de quase meio milhão de pessoas. O problema maior desse avanço é que isso se deu em emprego sem carteira e por conta própria. É um resultado favorável, mas voltado para informalidade e aumento da subocupação", disse o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
A quantidade de empregados no setor privado sem carteira assinada cresceu 4,7% em relação ao trimestre anterior, chegando a 11,5 milhões de pessoas. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 5,5%. Já os trabalhadores por conta própria cresceram 1,9%, alcançando 23,5 milhões de pessoas.
Enquanto isso, o total de empregados com carteira assinada se manteve praticamente estável na comparação com o trimestre anterior -variou de 32,8 milhões de trabalhadores para 32,97 milhões- e com o mesmo trimestre do ano passado (33,3 milhões).
"Foi a primeira vez que não houve queda significativa na carteira de trabalho na comparação anual. Foi uma variação negativa, mas não foi significativa", disse Azeredo.
O aumento no contingente de ocupados foi distribuído entre os grupos de atividade, com destaque para agricultura (mais 264 mil pessoas), comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (mais 263 mil) e construção (mais 229 mil).
Apesar da melhor no contingente de ocupados, o volume de mão de obra subutilizada -desempregados, pessoas que gostariam de trabalhar mais e aqueles que desistiram de buscar emprego- permaneceu estável em 27,3 milhões na comparação com o trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2017, houve aumento de 2,1%.
Os desalentados (pessoas que desistiram de buscar uma colocação) também permaneceram estáveis na comparação trimestral, mas saltaram 12,6% em relação ao mesmo período de 2017, chegando a 4,8 milhões de pessoas. Agora, representam 4,3% da força de trabalho.
"O grande desafio do próximo governo está na geração de vagas e emprego no país. Ele terá que olhar não para os quase 12,5 milhões de desempregados, mas para 27 milhões de pessoas que estão desempregadas, subocupadas, na força de trabalho potencial e desalentadas por conta da crise econômica", disse Azeredo.
O rendimento médio real habitual também não refletiu a melhora na ocupação. Ele foi estimado em R$ 2.222, similar ao trimestre anterior e também frente ao ano anterior.
Folhapress
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