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Economia

- Publicada em 29 de Outubro de 2018 às 18:05

Juros longos zeram queda e fecham perto dos ajustes

Agência Estado
A piora de humor em Wall Street nesta tarde de segunda-feira (29), ampliou o movimento de realização de lucros nos mercados domésticos, levando os juros futuros de longo prazo a zerar a queda e fechar a sessão regular perto da estabilidade, mas já mostrando alta na etapa estendida. Pela manhã, as taxas longas chegaram a perder perto de 30 pontos-base em prêmios em reação à confirmação da eleição de Jair Bolsonaro. Ainda na etapa matutina, a repercussão da vitória do capitão, que vinha há semanas sendo precificada pelo mercado, começou a perder fôlego e os ativos foram se enfraquecendo na medida em que o cenário externo piorava. Os contratos de curto prazo, que reagem mais às perspectivas para a política monetária nos próximos meses, fecharam com viés de queda.
A piora de humor em Wall Street nesta tarde de segunda-feira (29), ampliou o movimento de realização de lucros nos mercados domésticos, levando os juros futuros de longo prazo a zerar a queda e fechar a sessão regular perto da estabilidade, mas já mostrando alta na etapa estendida. Pela manhã, as taxas longas chegaram a perder perto de 30 pontos-base em prêmios em reação à confirmação da eleição de Jair Bolsonaro. Ainda na etapa matutina, a repercussão da vitória do capitão, que vinha há semanas sendo precificada pelo mercado, começou a perder fôlego e os ativos foram se enfraquecendo na medida em que o cenário externo piorava. Os contratos de curto prazo, que reagem mais às perspectivas para a política monetária nos próximos meses, fecharam com viés de queda.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou a etapa regular em 7,29%, de 7,373% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2021 encerrou na máxima de 8,22%, ante 8,253% no último ajuste. A taxa do DI para janeiro de 2023 passou de 9,353% para 9,33% e a do DI para janeiro de 2025 encerrou na máxima de 9,89%, de 9,912%. Na jornada estendida, os longos passaram a subir.
A segunda-feira foi de volume atipicamente forte, até porque esta não foi uma segunda-feira qualquer, mas sim a do cenário pós-eleição. A eleição de Bolsonaro já vinha embutida nos preços, mas ainda assim pela manhã houve espaço para alguma reação positiva, na medida em que saiu de cena definitivamente o risco da volta do PT ao poder nos próximos anos. A partir do fim da manhã, os ativos domésticos partiram para a correção na medida em que o cenário externo piorava e o dólar renovava máximas.
"Essa realização de lucros é natural e o mercado precisa agora é olhar para o 'delivery', o que já deveria ter começado a olhar na semana passada. Ninguém via risco de Bolsonaro não se eleger", afirma o estrategista de renda fixa da BGC Liquidez, Juliano Ferreira, referindo-se às sinalizações do governo eleito, em termos de medidas e nomes para a equipe econômica.
O futuro ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que entre quarta e quinta-feira a equipe do presidente eleito vai anunciar "alguns nomes técnicos" para o governo de transição "Vamos buscar melhores pessoas para formar nossa equipe", disse o deputado. Os players estão atentos à discussão em torno da reforma da Previdência, que Lorenzoni indicou que será apresentada em 2019, e da independência do BC, mas ainda há muito ruído e incerteza sobre apoio do Congresso.
"Agora a bola, por assim dizer, está com Jair Bolsonaro e Paulo Guedes e é hora de precificar o que pretendem. Os sinais ainda são truncados sobre o que pretendem", disse o economista-chefe da Spinelli, André Perfeito.
As taxas curtas tiveram oscilação mais restrita, com o mercado já à espera do Copom. A dois dias da decisão de outubro, a precificação da curva era de alta de apenas 2,3 pontos-base, o que indica 91% de possibilidade de manutenção da Selic em 6,50%.
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