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Economia

- Publicada em 30 de Outubro de 2018 às 01:00

Setor público tem déficit primário de R$ 24,621 bi

Último trimestre, geralmente, é um período mais deficitário, diz Rocha

Último trimestre, geralmente, é um período mais deficitário, diz Rocha


/ELZA FIÚZA/ABR/JC
Em meio às dificuldades do governo na área fiscal, o setor público consolidado (Governo Central, estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 24,621 bilhões em setembro, informou ontem o Banco Central (BC). Este é o pior resultado para meses de setembro desde 2016, quando houve déficit de US$ 26,643 bilhões. Em agosto, havia sido registrado déficit de R$ 16,876 bilhões e, em setembro de 2017, um déficit de R$ 21,259 bilhões.

Em meio às dificuldades do governo na área fiscal, o setor público consolidado (Governo Central, estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 24,621 bilhões em setembro, informou ontem o Banco Central (BC). Este é o pior resultado para meses de setembro desde 2016, quando houve déficit de US$ 26,643 bilhões. Em agosto, havia sido registrado déficit de R$ 16,876 bilhões e, em setembro de 2017, um déficit de R$ 21,259 bilhões.

O resultado fiscal de setembro foi composto por um déficit de R$ 24,292 bilhões do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS). Já os governos regionais (estados e municípios) influenciaram o resultado negativamente com R$ 795 milhões no mês. Enquanto os estados registraram um déficit de R$ 872 milhões, os municípios tiveram resultado positivo de R$ 77 milhões. As empresas estatais registraram superávit primário de R$ 466 milhões.

As contas do setor público acumulam um déficit primário de R$ 59,321 bilhões no ano até setembro, o equivalente a 1,17% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central.

A meta de déficit primário do setor público consolidado considerada pelo governo é de R$ 161,3 bilhões para 2018.

O déficit fiscal no ano até setembro pode ser atribuído ao rombo de R$ 76,537 bilhões do Governo Central (1,50% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 13,954 bilhões (0,27% do PIB) no ano até setembro.

Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 11,399 bilhões, os municípios tiveram um saldo positivo de R$ 2,554 bilhões. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 3,262 bilhões no período.

As contas do setor público acumulam um déficit primário de R$ 87,794 bilhões em 12 meses até setembro, o equivalente a 1,29% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central.

O déficit fiscal nos 12 meses encerrados em setembro pode ser atribuído ao rombo de R$ 94,104 bilhões do Governo Central (1,39% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 3,832 bilhões (0,06% do PIB) em 12 meses até setembro.

Enquanto os estados registraram um superávit de R$ 4,705 bilhões, os municípios tiveram um saldo negativo de R$ 873 milhões. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 2,478 bilhões no período.

O setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 39,173 bilhões em setembro. Em agosto, o resultado nominal havia sido deficitário em R$ 76,928 bilhões e, em setembro de 2017, deficitário em R$ 53,309 bilhões.

No mês passado, o governo central registrou déficit nominal de R$ 33,447 bilhões. Os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 5,827 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram superávit nominal de R$ 100 milhões.

No ano até setembro, há déficit nominal correspondente a 7,12% do PIB, com saldo de R$ 362,663 bilhões.

Em 12 meses até o mês passado, o déficit nominal correspondeu a 7,20% do PIB, com saldo negativo de R$ 488,835 bilhões.

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, avaliou que o setor público deve apresentar um forte saldo negativo nos os últimos três meses do ano. "O último trimestre do ano, sazonalmente, é um período mais deficitário", afirmou.

Questionado pelos jornalistas, Rocha disse que o BC continua discutindo com órgãos governamentais um aprimoramento da relação com o Tesouro Nacional.

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central avaliou que houve uma redução importante no déficit primário do setor público acumulado no ano até setembro. "O resultado primário no acumulado até setembro caiu porque receita subiu 5,9%, mas despesas avançaram só 2,3%. Apesar de ser bem melhor que o resultado do ano passado, o desempenho ainda é pior que o de 2016", completou Rocha.

Para ele, a redução do déficit primário é um passo importante em relação à consolidação fiscal. "Mas, para estabilizar a dinâmica da dívida, ainda é preciso passar de resultados deficitários para superávits fiscais", acrescentou.

Rocha destacou também que a conta de juros do setor público caiu R$ 60,052 bilhões em agosto para R$ 14,552 bilhões em setembro devido aos resultados dos swaps.

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