Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 26 de Outubro de 2018 às 18:22

Dólar cai para R$ 3,65 com eleição e tem menor nível em cinco meses

Agência Estado
O último pregão antes do segundo turno foi marcado por otimismo dos investidores com a possível vitória de Jair Bolsonaro (PSL) no domingo. O dólar terminou esta sexta-feira (26) em R$ 3,6527, queda de 1,42%, atingindo o menor valor desde 24 de maio (R$ 3,6402). O real teve nesta sexta o melhor desempenho ante a moeda americana entre os 24 principais mercados emergentes. Sondagens privadas mostraram ampla vantagem de Bolsonaro nas pesquisas, o que acabou ofuscando os resultados do Datafolha, que mostraram redução da diferença entre os dois candidatos, e chegou a influenciar negativamente a abertura dos negócios, quando o dólar encostou em R$ 3,73.
O último pregão antes do segundo turno foi marcado por otimismo dos investidores com a possível vitória de Jair Bolsonaro (PSL) no domingo. O dólar terminou esta sexta-feira (26) em R$ 3,6527, queda de 1,42%, atingindo o menor valor desde 24 de maio (R$ 3,6402). O real teve nesta sexta o melhor desempenho ante a moeda americana entre os 24 principais mercados emergentes. Sondagens privadas mostraram ampla vantagem de Bolsonaro nas pesquisas, o que acabou ofuscando os resultados do Datafolha, que mostraram redução da diferença entre os dois candidatos, e chegou a influenciar negativamente a abertura dos negócios, quando o dólar encostou em R$ 3,73.
Na semana, o dólar acumulou queda de 9,83%, a quarta semana consecutiva de desvalorização. Com isso, a divisa recua 10% no mês, uma das maiores quedas entre emergentes, atrás apenas da Argentina (-10,9%). Na mínima do dia, a moeda chegou a cair a R$ 3,64, o menor valor intraday em cinco meses.
A dúvida agora é para onde a moeda norte-americana vai após as eleições, se haverá uma realização de lucros ou se há espaço para quedas adicionais. O economista sênior para América Latina da Continuum Economics, a consultoria do economista Nouriel Roubini, Pedro Tuesta, avalia que a vitória de Bolsonaro já foi precificada. "Ganhos adicionais no câmbio são possíveis, mas o potencial é limitado", disse ele ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Após domingo, o que vai interessar os mercados são os detalhes da agenda de medidas do novo governo e os nomes da equipe econômica, ressalta o economista.
Os estrategistas do banco alemão Commerzbank também veem espaço limitado para mais queda do dólar após as eleições. Em relatório nesta sexta-feira, eles alertam que há riscos de decepções dos investidores nos próximos meses com a disposição de Jair Bolsonaro fazer reformas importantes. "Parece que os mercados estão muito otimistas com a disposição do novo governo de implementar reformas." Por isso, o Commerzbank projeta que o dólar pode ficar mais pressionado pela frente, ir a R$ 3,80 em dezembro e chegar a R$ 3,90 em março do ano que vem.
O Commerzbank destaca que um dos principais interesses do mercado é ver quem comandará o Banco Central. Hoje circularam comentários de que Ilan Goldfajn deve permanecer no cargo. Os estrategistas ressaltam que foi graças à estratégia do BC que o real se comportou relativamente bem nos últimos meses, apesar da elevada incerteza eleitoral. Já faz dois meses que não há atuação extraordinária do BC no câmbio.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO