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Agronegócios

- Publicada em 26 de Outubro de 2018 às 00:12

Grãos de inverno estão com baixa qualidade

Primeiras cargas de trigo têm apresentado pH abaixo de 78, o que inviabiliza o produto para as indústrias

Primeiras cargas de trigo têm apresentado pH abaixo de 78, o que inviabiliza o produto para as indústrias


/EMATER/DIVULGAÇÃO/JC
As principais culturas de grãos de inverno do Rio Grande do Sul estão apresentando qualidade e produtividade abaixo da média, segundo a Emater. No trigo, a colheita evoluiu de forma acelerada e alcança 30% do total plantado numa área de 693.538 hectares. Estimativas indicam que o Rio Grande do Sul terá uma produção de 2.060.114 toneladas, porém à medida que a colheita avança, se consolidam os indícios de que a qualidade deixará a desejar.
As principais culturas de grãos de inverno do Rio Grande do Sul estão apresentando qualidade e produtividade abaixo da média, segundo a Emater. No trigo, a colheita evoluiu de forma acelerada e alcança 30% do total plantado numa área de 693.538 hectares. Estimativas indicam que o Rio Grande do Sul terá uma produção de 2.060.114 toneladas, porém à medida que a colheita avança, se consolidam os indícios de que a qualidade deixará a desejar.
Em regiões produtoras, como Santa Rosa, Frederico Westphalen e Erechim, as primeiras cargas de trigo têm apresentado pH abaixo de 78, o que inviabiliza o produto para a indústria. Em consequência das intercorrências climáticas durante o ciclo desta safra, as produtividades obtidas em algumas lavouras de trigo situam-se abaixo da média estimada, que é de 2.970 kg/ha.
A cevada se encontra em fases de enchimento de grãos e de forma majoritária em maturação final. Já foi colhido cerca de 30% da área estimada em 44.173 ha, com produção prejudicada na qualidade pelo excesso de chuva, que causou a entrada de doenças fúngicas e acamamento das plantas. Nas regiões onde a colheita evolui, a produtividade média está abaixo das últimas estimativas, entre 2.700 e 2.850 quilos por hectare, de qualidade ruim, com poder germinativo abaixo do exigido para as indústrias, fato que está gerando comunicação de ocorrência de perdas ao Proagro nas áreas financiadas. Nesses casos, os grãos serão destinados para ração animal.
A colheita da canola evoluiu no Norte gaúcho, sendo que na região Noroeste, a primeira a implantar as lavouras de canola no Estado, não há mais áreas em enchimento do grão, ao passo que 7% das lavouras estão em maturação dos grãos e 93%, colhidas. Conforme as condições de tempo do fim de semana, há possibilidade de a colheita ser finalizada. Até aqui, o rendimento das lavouras em geral é satisfatório, apesar da expectativa de atingir a média de 1.495 kg/ha. A produtividade das lavouras onde não houve danos por eventos climáticos está próxima a 40 sacas por hectare, estimulando produtores a planejarem novas áreas para 2019.
Foi encerrada a colheita da aveia branca no Noroeste do Estado, com bom avanço no Centro-Norte. Boa parte das áreas está com baixo rendimento e qualidade, devendo ser destinadas para outros fins, como ração para animais, pois a cultura não está atingindo o pH ideal; dessa forma, o preço pago será reduzido.

Plantio das culturas de verão avança no Rio Grande do Sul

Os produtores de soja intensificam os trabalhos de plantio da safra 2018-2019, de acordo com a Emater. Estima-se que cerca de 200 mil hectares estejam plantados, pouco mais de 3% do total previsto (5,8 milhões de hectares). O ritmo deverá se acelerar ainda mais se o tempo permitir, uma vez que a colheita da safra de trigo também segue veloz, liberando área para a soja.
A cultura do milho segue com bom desenvolvimento devido ao clima favorável nos últimos dias. Poucos são os casos relatados de pragas ou moléstias, como incidência de lagarta do cartucho em lavouras na fase de floração, que alcança 4% do total já semeado. Nesse sentido o percentual de área plantada atinge 62% do previsto para esta safra, que é 740 mil hectares.
A lavoura do feijão 1ª safra está em final de implantação, sendo que as áreas destinadas a lavouras comerciais já foram semeadas e apresentam boa germinação e emergência, com bom estande de plantas. O aspecto geral das lavouras é bom. No momento, os agricultores monitoram doenças e fazem aplicações preventivas de fungicidas.
A condição meteorológica ocorrida durante o período foi propícia à evolução do plantio do arroz. A pouca chuva registrada em todas as regiões produtoras fez com que os orizicultores acelerassem os trabalhos de implantação da safra. Ao contrário da safra passada, quando a cultura atravessava problemas de excesso de chuva, nesta o plantio atinge 45% contra os 33% registrados no ano passado nesta mesma época. Sem maiores problemas, a germinação ocorre dentro do desejado e sem falhas, dando às lavouras bom aspecto nesse início de safra. A situação também é tranquila quanto à irrigação, pois barragens e cursos d'água estão com cotas normais de volume acumulado para esta época.