Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 17 de Outubro de 2018 às 21:48

Mais da metade das rodovias têm problemas

Pesquisa da CNT avaliou 107.161 quilômetros em todo o Brasil

Pesquisa da CNT avaliou 107.161 quilômetros em todo o Brasil


/CNT/DIVULGAÇÃO/JC
A qualidade das rodovias brasileiras apresentou melhora em 2018, mas mais da metade delas têm deficiências. É o que mostra a 22ª pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) sobre as rodovias, divulgada ontem e que avaliou 107.161 quilômetros de estradas.
A qualidade das rodovias brasileiras apresentou melhora em 2018, mas mais da metade delas têm deficiências. É o que mostra a 22ª pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) sobre as rodovias, divulgada ontem e que avaliou 107.161 quilômetros de estradas.
De acordo com a pesquisa, 57% das rodovias avaliadas possuem algum tipo de deficiência -35,2% estão regulares, 15,3% ruins e 6,5% péssimas - no pavimento, na sinalização ou na geometria. Isso equivale a 61.080 quilômetros do total analisado. Embora mais da metade tenha problemas, o índice é inferior aos 61,8% apontados no levantamento do ano anterior e aos 58,2% de 2016. Outros 33.669 quilômetros (31,4% do total) foram avaliados como bons e 12.412 quilômetros, ou 11,6% do total, como ótimos.
No Rio Grande do Sul, 54,7% das estradas apresentam qualidade péssima, ruim ou regular, segundo a pesquisa da CNT. Os restantes 45,3% foram considerados bons ou ótimos. Foram avaliados 8.855 quilômetros de rodovias no Estado. Em comparação com ano passado, as condições gerais das rodovias gaúchas apresentaram melhora. Em 2017, segundo a CNT, 62,7% das estradas no Estado tinham qualidade de péssima a regular, e apenas 37,8 eram boas e ótimas.
De acordo com a CNT, as estradas concedidas apresentam melhor situação geral do que as públicas. Dos 1.473 quilômetros de rodovias administradas pela iniciativa privada, 70,6% são consideradas boas ou ótimas, enquanto 29,4% foram classificadas como péssimas, ruins ou regulares. Já entre os 7.382 quilômetros de estradas públicas, apenas 40,2% estão boas ou ótimas, e 69,8% foram definidas como péssimas, ruins e regulares.
Em relação à jurisdição, as estradas estaduais apresentam, em média, uma condição pior do que as federais. No Rio Grande do Sul, apenas 22,9% dos 3.136 quilômetros de rodovias estaduais são consideradas boas ou ótimas, enquanto 77,1% são péssimas, ruins ou regulares. Já entre 5.719 quilômetros de estradas federais no Estado, 57,6% são boas ou ótimas e 42,4% foram avaliadas como de péssimas a regulares.
A pesquisa conclui que a região Norte apresenta as piores condições de infraestrutura, com 77,7% da extensão avaliada como regular, ruim ou péssima. Já o Sudeste - que concentra a maioria das rodovias do país concedidas à iniciativa privada- tem 45,1% dos trechos com as mesmas avaliações, o mais baixo índice entre as cinco grandes regiões brasileiras. No Centro-Oeste, o índice é de 59,9% de trechos regulares, ruins ou péssimos, à frente do Nordeste (58,3%) e do Sul (56,2%).
Fazem parte do estudo toda a malha federal pavimentada e os principais trechos de rodovias estaduais, também pavimentados. O objetivo, segundo a CNT, é que o estudo sirva de diagnóstico da malha rodoviária, identificando deficiências e registrando os pontos críticos, além de oferecer aos transportadores informações para que rotas sejam planejadas, entre outros pontos.
Ainda conforme a pesquisa, as rodovias sob gestão concedida se destacam entre as mais bem conservadas do País. Dos 19.598 quilômetros cedidos à iniciativa privada analisados, 8.349, ou 42,5% do total, têm estado geral ótimo, ante os 4,6% que estão nessa situação dos 87.563 quilômetros de vias sob gestão pública. Entre as péssimas, a situação se repete: só 0,1% (10 quilômetros) teve avaliação péssima nas concedidas, enquanto nas públicas o índice chega a 8%.
Presidente da CNT, Clésio Andrade disse no estudo que o País precisa viver um novo ciclo de crescimento, e que é preciso redefinir prioridades que garantam a recuperação econômica e de empregos e a segurança. "Não temos dúvidas de que o poder público precisa reconhecer a importância da iniciativa privada e chamar os investidores para serem protagonistas dessa empreitada", declarou o presidente da CNT.
O ranking das ligações rodoviárias mostra que os 21 melhores trechos do país estão concedidos à iniciativa privada - têm ao menos 80% da extensão formada por trechos concessionados. Desses, 16 foram avaliados como ótimos.
Confira o mapa das rodovias pesquisadas pelo CNT por este link http://pesquisarodovias.cnt.org.br/Downloads/Galeria%20de%20Fotos/2018/Mapas//UF//RS.pdf
JC
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO