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FINANÇAS

- Publicada em 18 de Outubro de 2018 às 01:00

Usuários de cartão ignoram o valor da fatura

Segundo a pesquisa, 25% dos brasileiros que usam a modalidade entraram no sistema de rotativo no mês

Segundo a pesquisa, 25% dos brasileiros que usam a modalidade entraram no sistema de rotativo no mês


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Atrasos no cartão de crédito podem custar caro. Mesmo assim, boa parte dos usuários dessa modalidade de crédito desconhece o valor da fatura do mês anterior. É o que aponta o Indicador de Uso do Crédito apurado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Um terço dos consumidores (33%) que usaram cartão de crédito em agosto não sabe quanto gastou. Entre os que se lembram o valor que desembolsaram, a fatura média foi de R$ 882,00. Além disso, cerca de 25% entraram no rotativo e 74% pagaram o valor integral da fatura percentual que cai para 64% nas classes C e D.
Atrasos no cartão de crédito podem custar caro. Mesmo assim, boa parte dos usuários dessa modalidade de crédito desconhece o valor da fatura do mês anterior. É o que aponta o Indicador de Uso do Crédito apurado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Um terço dos consumidores (33%) que usaram cartão de crédito em agosto não sabe quanto gastou. Entre os que se lembram o valor que desembolsaram, a fatura média foi de R$ 882,00. Além disso, cerca de 25% entraram no rotativo e 74% pagaram o valor integral da fatura percentual que cai para 64% nas classes C e D.
O levantamento constatou ainda que metade (50%) dos tomadores de empréstimos e financiamentos atrasaram, em algum momento, parcelas da dívida, sendo que 21% ainda estão com prestações pendentes. A sondagem mostra também que quatro em cada 10 consumidores (42%) recorreram a algum tipo de crédito em agosto, número próximo da média dos últimos 12 meses. A modalidade mais mencionada foi o cartão de crédito, citado por 35%. Em seguida, aparece o crediário (9%), o limite do cheque especial (7%) e os empréstimos (6%).
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o uso do crédito exige cuidados e não pode funcionar como complemento da renda. "A falta de disciplina no controle do orçamento acaba provocando uma desoganização tamanha que, em muitos casos, o consumidor precisa recorrer a renegociações que levam muitos meses para quitar, comprometendo parte do orçamento por um bom tempo", alerta a economista.
Questionados sobre o grau de dificuldade para a obtenção de empréstimos e financiamentos, mais da metade (52%) dos entrevistados afirmam encontrar dificuldade. Já outros 21% disseram não considerar a contratação fácil nem difícil e 10% acham fácil. Os entraves são percebidos, principalmente, nas classes C e D (56%).
Na sondagem também foi investigada a disposição dos consumidores em cortar gastos. Para 55%, a meta é diminuir as despesas em relação ao mês de agosto. Outros 36% sinalizaram manter o mesmo nível de gastos e apenas 5% relataram ter intenção de aumentar as despesas. A principal razão para os cortes está ligada aos preços elevados praticados no mercado (33%). Os entrevistados citaram outros fatores, como intenção de economizar (30%), desemprego (20%), endividamento (14%), queda da renda (12%), desejo de fazer reserva financeira (11%) e elevados gastos do mês anterior (9%).
A pesquisa ainda mostra que oito em cada 10 consumidores (82%) estão no limite do orçamento, sendo que 44% mostraram-se no zero a zero e 38% no vermelho sem recursos suficientes para arcar com todos os compromissos. Os altos preços foram mencionados como a principal causa do desajuste para 49% dos que declararam estar no vermelho. Em seguida, aparece queda da renda (25%), perda do emprego (23%) e descontrole dos gastos (13%).
A pesquisa abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.

Demanda do consumidor por crédito recua 4,5% em setembro, aponta Serasa Experian

De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, a quantidade de pessoas que buscou crédito caiu 4,5% em setembro deste ano em relação a agosto. Já na comparação com setembro do ano passado, houve alta de 5,2% da procura por crédito pelo consumidor. Assim, no acumulado do ano até setembro, a busca do consumidor por crédito cresceu 8,6% perante os primeiros nove meses do ano passado.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a busca do consumidor por crédito foi impactada negativamente em setembro pelas incertezas político-eleitorais, que ocasionaram alta do dólar e recuo dos níveis de confiança do consumidor. Também a menor quantidade de dias úteis em relação a agosto foi um fator que pesou sobre a demanda do consumidor por crédito em setembro.
O recuo da demanda dos consumidores por crédito em setembro ocorreu em todas as classes de renda. Para os que ganham até R$ 500,00, foi de 6,4%. Para os consumidores com renda mensal entre R$ 500,00 e R$ 1 mil, foi de 3,9%. Para a renda mensal entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, foi de 4,2%.
Já os consumidores com renda mensal entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, foi de 4,9%. Para os que ganham entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por mês, o tombo foi de 5% e, por fim, para a renda mensal maior que R$ 10 mil, a queda na procura por crédito foi de 5,3%.
No acumulado do ano até setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, a procura do consumidor por crédito apresentou variações positivas em todas as faixas de renda: alta de 27,1% para quem recebe até R$ 500,00 por mês; de 6,5% para quem ganha entre R$ 500,00 e R$ 1 mil mensais; e 6,6% para os que recebem entre R$ 1 mil e R$ 2 mil por mês.
Já nas rendas mais altas, os avanços na procura por crédito no acumulado do ano até setembro foram: 6,5% para a faixa de renda entre R$ 2 mil e R$ 5 mil mensais; 6,6% para o consumidor com renda entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por mês e de 6,8% para quem ganha mais de R$ 10 mil.
Na comparação contra o acumulado dos primeiros nove meses do ano passado, houve avanços da demanda por crédito em todas as regiões: no Centro-Oeste (15,9%); Nordeste (13,9%); Norte (9,6%); Sudeste (6,4%); e no Sul (5,9%).