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Mercado de Capitais

- Publicada em 17 de Outubro de 2018 às 01:00

Dólar à vista registra nova queda

Divisa segue encontrando resistência em se manter abaixo de R$ 3,70

Divisa segue encontrando resistência em se manter abaixo de R$ 3,70


/MOHD RASFAN/AFP/JC
O dólar teve ontem novo dia de queda e chegou temporariamente a ser cotado abaixo de R$ 3,70, mas não resistiu a operar abaixo deste patamar e terminou o dia em R$ 3,7223, com baixa de 0,43%. Os investidores mostraram animação com o resultado da pesquisa do Ibope, que mostrou Jair Bolsonaro (PSL) ampliando a distância de Fernando Haddad (PT) e ainda o aumento da rejeição de seu oponente. A queda do dólar ante outras moedas de emergentes também ajudou a retirar pressão no mercado de câmbio brasileiro.
O dólar teve ontem novo dia de queda e chegou temporariamente a ser cotado abaixo de R$ 3,70, mas não resistiu a operar abaixo deste patamar e terminou o dia em R$ 3,7223, com baixa de 0,43%. Os investidores mostraram animação com o resultado da pesquisa do Ibope, que mostrou Jair Bolsonaro (PSL) ampliando a distância de Fernando Haddad (PT) e ainda o aumento da rejeição de seu oponente. A queda do dólar ante outras moedas de emergentes também ajudou a retirar pressão no mercado de câmbio brasileiro.
Na mínima do dia, na parte da manhã, o dólar foi a R$ 3,6918, mas segue encontrando resistência em se manter abaixo de R$ 3,70. A moeda dos EUA não fecha abaixo deste patamar desde 25 de maio.
Para o gerente de mesa de câmbio da Tullett Prebon, Italo Abucater dos Santos, uma das razões é o temor do mercado de que o Banco Central possa tomar alguma medida, como parar a rolagem dos contratos de swap que vem fazendo diariamente. O real vem subindo muito rapidamente ante o dólar na comparação com outras moedas de países emergentes. Este mês, o dólar recua 8,1% aqui, enquanto sobe 0,50% no México e 1% na Índia. A exceção é a Argentina, onde o dólar caiu 13%, mas lá teve eventos domésticos, como a ampliação do pacote de ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI). Nesta terça o BC rolou US$ 385 milhões de papéis que vencem em novembro. Se mantiver as rolagens diárias, as operações devem somar US$ 8,027 bilhões.
Para o analista da Tullett Prebon, o câmbio já precificou uma possível vitória de Bolsonaro no segundo turno e agora o mercado vai querer ver mais detalhes da agenda de reformas, ainda muito difusa. Por isso, a tendência é que o dólar fique na casa dos R$ 3,70 a R$ 3,75 nos próximos dias, caso não apareça nenhum fato novo. Pesquisa do banco americano Bank of America Merrill Lynch, que entrevistou gestores que administram US$ 113 bilhões, mostra que 50% dos participantes veem o dólar terminando este ano abaixo de R$ 3,80, ante apenas 20% no mês passado. Mas menos de 8% acreditam na moeda inferior a R$ 3,60 em dezembro.
Na parte da tarde, a moeda americana bateu máximas e chegou a R$ 3,7312.

Bolsa teve altade 2,83% ontem

O aumento do apetite por risco no mercado internacional acentuou a tendência de alta do Índice Bovespa, que fechou com ganho de 2,83% ontem, aos 85.717 pontos, na máxima do dia. O rali das bolsas de Nova Iorque no período da tarde deu fôlego não apenas à bolsa brasileira, mas também às demais emergentes.
O Ibovespa operou em terreno positivo desde a abertura, período em que o mercado repercutiu mais intensamente os dados da mais recente pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo, que apontou para a consolidação da liderança de Jair Bolsonaro (PSL) sobre Fernando Haddad (PT). Dados conjunturais dos Estados Unidos, como os da produção industrial e os balanços corporativos, contribuíram para reforçar a tendência de alta ainda pela manhã. Mas as máximas do dia foram registradas à tarde, puxadas pela arrancada das bolsas americanas, em meio a críticas do presidente Donald Trump à política monetária do Federal Reserve.
O cenário eleitoral segue como uma das variáveis mais importantes para determinar os rumos do Ibovespa nas próximas semanas. As ações sensíveis a risco político tiveram desempenho destacado no pregão desta terça, quase todas com altas superiores à média. Banco do Brasil ON subiu 4,37% e Petrobras ON e PN ganharam 3,65% e 3,73%, respectivamente. Eletrobras ON e PNB avançaram 5,11% e 2,77%, nesta ordem.
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