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conjuntura

- Publicada em 16 de Outubro de 2018 às 01:00

Greve dos caminhoneiros tirou 1,2 ponto percentual do PIB

A secretária executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, disse, ontem, que a greve dos caminhoneiros, responsável por uma crise de abastecimento sem precedentes em maio, tirou 1,2 ponto percentual de crescimento do PIB deste ano. A secretária citou a paralisação dos caminhoneiros ao explicar, durante seminário na capital paulista, o crescimento apenas modesto da economia, na esteira de dois anos de recessão.
A secretária executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, disse, ontem, que a greve dos caminhoneiros, responsável por uma crise de abastecimento sem precedentes em maio, tirou 1,2 ponto percentual de crescimento do PIB deste ano. A secretária citou a paralisação dos caminhoneiros ao explicar, durante seminário na capital paulista, o crescimento apenas modesto da economia, na esteira de dois anos de recessão.
"Houve, durante a greve, a destruição da possibilidade de se ter atividade produtiva (...). Teríamos percepção de crescimento mais engatado do que temos hoje, não fosse a greve, que tirou parte importante da recuperação cíclica de 2018", comentou Ana Paula.
A secretária frisou que o crescimento sustentável do PIB depende do enfrentamento da crise fiscal - o que passa pela reforma da Previdência, classificada por ela como "urgente e essencial" -, bem como da melhora da produtividade da economia, esta dependente de abertura comercial e reforma tributária. Ela aproveitou, ainda, o seminário, promovido pela Internews, para defender a manutenção da regra, bastante criticada durante as eleições, que fixou um teto aos gastos públicos. Além de permitir maior realismo orçamentário, dando fim aos contingenciamentos bilionários de orçamento, a regra, sustentou, representa uma sinalização a investidores de que o Brasil conseguirá estabilizar sua dívida em um futuro próximo.
Ao mesmo tempo, observou Ana Paula, a norma prevê um ajuste fiscal feito de forma gradual com corte de despesas, tirando da sociedade a pressão por aumento de carga tributária. Segundo ela, o Ministério da Fazenda está preparando um documento sobre a viabilidade do regime de teto dos gastos públicos no próximo governo.
Além de reforçar que a meta que limita em R$ 159 bilhões o rombo das contas públicas será alcançada com folga neste ano, ela destacou que o próximo governo receberá um orçamento que lhe permitirá "rodar bem" em 2019, com cumprimento tanto da regra do teto quanto da regra de ouro.
No caso dessa última norma, que proíbe a União de contrair dívidas para custear despesas correntes, Ana Paula reforçou que o lucro do Banco Central com a valorização das reservas internacionais representará uma fonte de recursos para garantir a regra de ouro no ano que vem. "Entregamos um 2019 bem organizado, com todas as metas fiscais sendo cumpridas", declarou a secretária.
 

Estimativa de inflação sobe pela 5ª vez e vai para 4,43%

A estimativa de instituições financeiras para a inflação neste ano subiu pela quinta vez seguida. De acordo com pesquisa do Banco Central, divulgada ontem, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 4,43%. Na semana passada, a projeção estava em 4,40%. Para 2019, a projeção da inflação foi ajustada de 4,20% para 4,21%. Para 2020, a estimativa segue em 4%, e, para 2021, passou de 3,95% para 3,92%.
A projeção do mercado financeiro ficou mais próxima do centro da meta deste ano, que é 4,5%. Essa meta tem limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Já para 2020, a meta é 4%, e, para 2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente).
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano. De acordo com o mercado financeiro, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano até o fim de 2018.
Para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano. Para o fim de 2020, a projeção permanece em 8,38% ao ano e em 8% ao ano no final de 2021.
Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação.
A manutenção da taxa básica de juros, como prevê o mercado financeiro neste ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação. As instituições financeiras mantiveram a estimativa para o crescimento do PIB em 1,34% neste ano e mantiveram a estimativa em 2,5% nos próximos três anos.
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