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Economia

- Publicada em 11 de Outubro de 2018 às 10:31

Dólar recua em linha com exterior e favoritismo de Bolsonaro no Datafolha

Agência Estado
O dólar opera em queda ante o real na manhã desta quinta-feira (11), pressionado pela desvalorização da divisa dos EUA no exterior e após a pesquisa Datafolha divulgada na noite de quarta-feira (10) indicar um favoritismo de Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno da eleição presidencial - com 58% dos votos válidos ante seu adversário Fernando Haddad (PT), com 42%. 
O dólar opera em queda ante o real na manhã desta quinta-feira (11), pressionado pela desvalorização da divisa dos EUA no exterior e após a pesquisa Datafolha divulgada na noite de quarta-feira (10) indicar um favoritismo de Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno da eleição presidencial - com 58% dos votos válidos ante seu adversário Fernando Haddad (PT), com 42%. 
A perspectiva do feriado nacional de sexta-feira (12), no entanto, pode ainda apoiar alguma demanda defensiva durante a sessão, por precaução. Às 9h52min desta quinta-feira, o dólar à vista caía 0,83%, a R$ 3,7322. O dólar futuro de novembro recuava 0,60%, a R$ 3,7405.
Ainda que essa sondagem venha reforçar a percepção no mercado de que a eleição de Bolsonaro pode estar bem encaminhada, a correção de baixa do dólar ante o real está mais discreta. Isso porque estão surgindo dúvidas em relação à agenda liberal do presidenciável do PSL, que não participará de nenhum debate até o dia 18, por determinação médica.
Bolsonaro vem mudando o tom de seu discurso sobre privatizações e reformas. Passou a defender um processo de reforma da Previdência mais moderado do que o esperado e já sinalizou ser contrário às privatizações do setor elétrico e de bancos estatais, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. 
Também já indicou restrições à venda de ativos da Petrobras e defendeu nesta quarta-feira a adoção de 13º salário a beneficiários do programa Bolsa Família. Neste caso, ele quer atrair votos sobretudo no Nordeste do País, região onde ele perdeu para seu adversário Fernando Haddad no primeiro turno. Na noite dessa quarta-feira (10), Bolsonaro afirmou em entrevista à RecordTV que o economista Paulo Guedes, que o assessora, tem carta branca para formular propostas, mas que somente "bate o martelo" depois de falar com ele.
O mercado está de olho em Guedes, que está sendo investigado pelo Ministério Público, e poderá, se o capitão reformado for eleito, ser seu ministro da Fazenda. O "chefe" pediu medidas no sentido de ter um "dólar compatível e uma taxa juros menor possível". Para isso, o time econômico da campanha de Bolsonaro prepara estudo detalhado para medidas de estímulo ao mercado de capitais e desoneração dos investimentos no setor produtivo.
Haddad, por sua vez, conseguiu nesta quarta apoios importantes do PDT, da Rede e da corrente "esquerda para valer", do PSDB, que reúne cerca de 5 mil militantes nas redes sociais e deve participar de um ato público com o candidato nesta quinta-feira.
Também na quarta, o ex-ministro e ex-governador Jaques Wagner (PT), senador eleito pela Bahia e um dos coordenadores da campanha de Haddad, afirmou que nomes de ministros de um eventual governo petista podem começar a ser anunciados antes da eleição a fim de acalmar os eleitores desconfiados com o partido.
Segundo Wagner, essa preocupação tem sido demonstrada por Haddad e, por isso, as pastas da Educação, Fazenda e Justiça podem ter divulgados "nomes que tranquilizem a população". Os investidores tende a monitorar as próximas pesquisas, propostas econômicas e os nomes de ambos os lados que poderão eventualmente compor os futuros governos. 
No exterior, o ambiente negativo generalizado reflete receios de aperto monetário mais rigoroso nos EUA, além de maiores tensões comerciais entre EUA e China e perspectivas de expansão econômica global mais fraca.
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