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Economia

- Publicada em 10 de Outubro de 2018 às 22:12

Nova onda de churrascarias tende a crescer mais no País

Ícone do segmento, Arri Coser foca, agora, na retirada dos 'excessos'

Ícone do segmento, Arri Coser foca, agora, na retirada dos 'excessos'


/ITAMAR AGUIAR/AGÊNCIA FREELANCER/DIVULGAÇÃO/JC
Guilherme Daroit
Empenhado na transformação das churrascarias desde que entrou na gestão da então Na Brasa (hoje, NB Steak), em 2013, o empresário Arri Coser vê o novo modelo, ao qual chama de "terceira onda" dos restaurantes gaúchos, ganhando espaço no País. Para Coser, responsável pela internacionalização da rede Fogo de Chão (vendida por ele e seu irmão em 2011), a transformação passa pela retirada dos excessos dos restaurantes e pela adoção de práticas sustentáveis, em linha com as mudanças da sociedade.
Empenhado na transformação das churrascarias desde que entrou na gestão da então Na Brasa (hoje, NB Steak), em 2013, o empresário Arri Coser vê o novo modelo, ao qual chama de "terceira onda" dos restaurantes gaúchos, ganhando espaço no País. Para Coser, responsável pela internacionalização da rede Fogo de Chão (vendida por ele e seu irmão em 2011), a transformação passa pela retirada dos excessos dos restaurantes e pela adoção de práticas sustentáveis, em linha com as mudanças da sociedade.
A primeira onda, na visão do empresário, foi o início do chamado espeto corrido, com restaurantes na beira de estrada. A segunda, já com a participação de Coser, passou pela chegada das churrascarias aos maiores centros, seguida de um refinamento no modelo e a internacionalização dos restaurantes que se tornaram símbolos do Estado. "A terceira onda, agora, é a de tirar os excessos. Tudo o que incomodava, tiramos", conta Coser, presidente do conselho do MDR Group, que, além da NB, também controla a rede de pizzarias Maremonti, e foi o convidado da edição desta quarta-feira do Tá na Mesa, da Federasul.
Entre as mudanças, uma das principais, para Coser, passa pela eliminação do buffet de saladas e outros pratos. "Sem que as pessoas precisem levantar, deu quietude ao espaço, que virou um ambiente de negócios", argumenta. O empresário também optou por porções menores para evitar que a carne esfriasse antes de o cliente conseguir comê-la. "Tem mais gente copiando o modelo agora, e para mim é ótimo, porque ninguém transforma algo assim sozinho", conta o empresário nascido em Relvado (então parte do município de Encantado), a quem recusa chamar de terra do churrasco - "é todo o Vale do Taquari, para ninguém ficar bravo", brinca.
Outra preocupação recente é com práticas sustentáveis, com filtragem de fumaça, decoração com materiais recicláveis e mesas sem toalhas e pratos sobressalentes para evitar o desperdício de recursos naturais. "O modelo avançou nessas décadas porque o mundo avançou bastante", justifica Coser, argumentando ter adotado auditorias externas até mesmo nos repasses de gorjetas aos garçons para garantir a transparência da rede.
Hoje com seis NB (duas em Porto Alegre, três em São Paulo e uma em Santa Catarina) e outras 12 unidades da Maremonti (11 em São Paulo e uma em Santa Catarina), Coser projeta a expansão dos negócios. "Temos muita coisa para fazer em 2019 e 2020, abrir dois ou três restaurantes por ano, no máximo", afirma o empresário, que calcula em torno de R$ 4 milhões o investimento para cada abertura. A Maremonti em Porto Alegre é "questão de tempo" para Coser, que não estabelece prazo para o desembarque.
De sua experiência nos Estados Unidos, principal mercado da Fogo de Chão, Coser tira a necessidade de uma simplificação tributária no Brasil. "Temos de ter um imposto único, cobrado só na ponta. É o melhor jeito, funciona assim em todo lugar, porque facilita para o empresário e também para o consumidor saber o que está pagando", defende o empresário, que acrescenta a isenção de Imposto de Renda para faixas de renda maiores do que as atualmente praticadas. Voltar aos Estados Unidos, após já ter espalhado o modelo gaúcho de churrascarias por lá, está descartado por Coser - "seria uma bobeira", diz -, mas sem estender a negativa ao exterior em geral. "Se formos para fora, será para outro país", garante.
 
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