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MERCADO FINANCEIRO

- Publicada em 08 de Outubro de 2018 às 01:00

Valor das ações mantém bolsa brasileira atrativa

Apesar da acelerada da bolsa brasileira desde meados do ano, especialistas apontam que muitas ações ainda são negociadas abaixo da média e que sobretudo papéis de estatais estão baratos. O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas, acumula alta de 7,8% no ano. Fechou a semana passada em 82 mil pontos - distante da máxima de 87.652 de fevereiro. Ou seja, para analistas, pode haver espaço para crescer mais.
Apesar da acelerada da bolsa brasileira desde meados do ano, especialistas apontam que muitas ações ainda são negociadas abaixo da média e que sobretudo papéis de estatais estão baratos. O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas, acumula alta de 7,8% no ano. Fechou a semana passada em 82 mil pontos - distante da máxima de 87.652 de fevereiro. Ou seja, para analistas, pode haver espaço para crescer mais.
Em dólar, medida importante para investidores estrangeiros, os números são ainda mais atrativos. Como a bolsa registra queda de 8% no ano na moeda americana, haveria ainda mais espaço para uma potencial valorização.
Segundo Luiz Ribeiro, de Asset Management do Deutsche Bank, o movimento da bolsa em dólar está em linha com outros emergentes.
Ele observa que a relação P/L - preço por ação dividido pelo lucro por ação, indicador comum para medir quão barato ou caro é um papel - está em cerca de 11 vezes. "Chegamos a oito vezes na crise de 2008 e fomos a 14 vezes em 2010. Hoje, estamos no meio do caminho", afirma.
Em relatório, o banco suíço UBS destaca que o real cai cerca de 17% ante o dólar no ano, mas a bolsa sobe na moeda local. Segundo a instituição, essa desconexão só aconteceu duas vezes nas duas últimas décadas: em 2002, ano da primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência, e em 2015, quando foi aberto o processo de impeachment de Dilma Rousseff.
O UBS diz, porém, que 2018 é diferente porque commodities, que representam um terço do Ibovespa, têm fortes ganhos e a estimativa de valor das ações está relativamente baixa em boa parte dos setores.
De acordo com o banco, a maioria dos segmentos está negociando barato em relação a suas médias históricas. "Olhar para o preço de uma ação é medir expectativas, imaginar o que pode gerar de dinheiro no futuro e trazer a valor presente embutindo o risco. Isso é 'valuation'. Quanto mais previsível for a empresa, o mercado e a economia, mais fácil de fazer essa conta", explica Giacomo Diniz, professor de finanças do Ibmec-SP.
"Agora, veja o Brasil: temos problema de déficit fiscal, crescimento mínimo e desemprego alto. Sem o ambiente político já daria para entender por que a Bolsa está mais barata. Mas o investidor paga menos por algo mais incerto."
Frederico Sampaio, diretor de investimentos da Franklin Templeton no Brasil, destaca que, apesar da esperada volatilidade do mercado no período pré-eleitoral, o valuation da bolsa é um ponto positivo.
A Franklin Templeton considera atrativo um patamar de preço/lucro em 11,5 vezes, o que os levam a afirmar que acreditam haver mais espaço para valorizações futuras do que o inverso.
Ações de estatais podem ser especialmente suscetíveis a esses movimentos. "Elas têm um beta (índice de volatilidade relativa) alto. Se a bolsa vai bem, elas tendem a ir melhor ainda. Mas, como são mais alavancadas, também sofrem mais se ela cai", diz Ribeiro, do Deutsche Bank.
Levantamento de Einar Rivero, da Economatica, mostra que o P/L do Banco do Brasil, por exemplo, está em 8,41, e o do BB Seguridade, em 12,7.
Apesar de boa parte do bom humor na bolsa nos últimos dias ter sido ditado por expectativas eleitorais no Brasil, analistas ressaltam que um fator crucial de precificação das ações é o cenário externo. A gestora Dahlia Capital se diz cautelosamente otimista. Lá fora, a equipe monitora a política monetária nos Estados Unidos, a economia chinesa e os riscos geopolíticos.
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Turistas aproveitam queda no câmbio para comprar dólar

O turista que está com viagem marcada para os próximos meses aproveitou a queda no câmbio, na semana passada, para antecipar a compra de moeda estrangeira e se precaver de possíveis altas decorrentes das eleições. "Vimos muita gente que estava segurando a compra (da moeda), mesmo com a data da viagem já próxima", afirmou Alexandre Fialho, diretor da Cotação, que teve aumento de 60% nas vendas de moeda estrangeira.
De acordo com pesquisa do site Meu Câmbio, que monitora cerca de 20 casas de câmbio por dia, o preço do dólar caiu em média 4,8% ao longo da semana; o euro, 5,6%.
O valor mais baixo levantado pelo site foi registrado na sexta-feira, a R$ 4,01. As casas de câmbio tiveram aumento na busca pela moeda americana ao longo da semana. Na quinta-feira passada, a corretora Advanced registrou perto de cem operações de câmbio -a cota diária, em média, fica entre 30 e 40 vendas.
A Confidence também viu suas transações crescerem 30% na quarta e quinta-feira. "Frente às últimas semanas, houve uma procura maior de pessoas que estão com viagem marcada para o fim do ano e que já aproveitaram para pegar um preço melhor", afirmou Juvenal dos Santos, superintendente de varejo do Grupo Confidence.
A queda no câmbio também impulsionou a criação de pacotes de viagem promocionais nas agências de turismo. De acordo com dados da CVC, o turista brasileiro organiza suas viagens internacionais com cerca de seis meses de antecedência.
Para atingir o consumidor que já está planejando viajar, a agência lançou promoções ao longo da semana, para passagens aéreas e pacotes de cruzeiros, cuja alta temporada começa no próximo mês.