O número de recuperações judiciais e de falências de empresas no Rio Grande do Sul perdeu o ritmo em setembro, segundo dados da Serasa Experian. No mês passado, foram 10 novos pedidos de recuperação, ante 15 em agosto, recuo percentual de um terço. De janeiro a setembro, foram 85 solicitações, enquanto 107 casos foram registrados no mesmo período de 2017, queda de 20,5%. No mês passado, foram ainda oito requisições de falência, ante 14 no mês anterior, 42% a menos. Em nove meses, são 73 pedidos, ante oito nos nove primeiros meses de 2017, 812% acima.
Além dos novos pedidos, os dados apontam que nove processos de recuperação foram deferidos pela Justiça em setembro, etapa que marca a escolha do administrador judicial, ante 12 em agosto. O número é bem próximo dos novos, pois o Judiciário costuma se manifestar rapidamente sobre os pedidos. De janeiro a setembro, foram 68 processos deflagrados.
No mês passado, a Keko, fabricantes de acessórios automotivos e com sede em Flores da Cunha, pediu recuperação e teve o aval para dar andamento às etapas. A keko tem dívida de R$ 75 milhões associadas a compromissos com bancos. O custo elevado de empréstimos, em descompasso com o retorno do negócio, teriam levado a direção da indústria a buscar a recuperação.
A Justiça homologou, em setembro, 11 processos em andamento, etapa que tem como momento mais decisivo a aprovação ou não do plano de recuperação pelos credores. Em agosto, 13 haviam sido concedidas. No ano, foram 51 ante 63 de janeiro a setembro. Foram dez falências decretadas no mês passado no Estado, ante 15 em agosto. No ano, foram 72 falências, ante 68 do mesmo período de 2017. Em 2017, a Justiça recebeu menos pedidos de recuperação no mês - foram oito, e nenhuma falência havia sido solicitada. Três recuperações foram concedidas e cinco falências decretadas no mesmo mês do ano passado.