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Economia

- Publicada em 03 de Outubro de 2018 às 22:19

Diversos fatores levaram a aumento na conta de luz

Empresas & Negócios - lâmpadas - descarte - divulgação Agência Brasil via Visualhunt

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/AG/DIVULGAÇÃO/JC
O aumento na conta de luz nos últimos meses foi sentido por consumidores de todo o País. No Rio Grande do Sul, em junho, os municípios da área da RGE tiveram um aumento médio de 20,58%. Já os da RGE Sul tiveram, em abril, elevação de 22,47%. Para agravar a situação, os consumidores têm pagado as chamadas bandeiras tarifárias nos últimos meses, situação que deverá se prolongar, pelo menos, até novembro. Esse aumento é resultado de diversos fatores, e decisões do governo podem elevar o preço ainda mais no futuro. Veja algumas medidas que impactaram e que podem afetar sua conta de luz:
O aumento na conta de luz nos últimos meses foi sentido por consumidores de todo o País. No Rio Grande do Sul, em junho, os municípios da área da RGE tiveram um aumento médio de 20,58%. Já os da RGE Sul tiveram, em abril, elevação de 22,47%. Para agravar a situação, os consumidores têm pagado as chamadas bandeiras tarifárias nos últimos meses, situação que deverá se prolongar, pelo menos, até novembro. Esse aumento é resultado de diversos fatores, e decisões do governo podem elevar o preço ainda mais no futuro. Veja algumas medidas que impactaram e que podem afetar sua conta de luz:
1. Seca prolongada
Os reservatórios de água do País passam por um período de seca. Em dois cenários traçados pela ONS (Operadora Nacional do Sistema Elétrico), a situação é pior do que em 2014, quando o País viveu a pior crise hídrica em 20 anos.
Quando isso ocorre, as usinas hidrelétricas geram menos energia, e o governo precisa acionar usinas termelétricas para compensar, o que significa um custo extra.
Esse gasto adicional vem nas chamadas bandeiras tarifárias, que são adicionais na conta de luz para pagar essas termelétricas.
Só que a seca tem sido tão grave que essa renda não tem sido suficiente para remunerar as distribuidoras de energia (que contratam os geradores de energia). É por isso que os últimos reajustes têm sido tão altos.
2. Crise na Venezuela
Pode parecer estranho, mas a crise venezuelana também impacta na conta de luz de todos brasileiros.
O motivo é que o estado de Roraima depende de energia importada do país vizinho, mas vem sofrendo com apagões causados pela crise econômica. Além disso, a Venezuela ameaça cortar o suprimento ao estado devido a um imbróglio no pagamento da energia.
Para proteger o abastecimento no estado, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) vai acionar usinas térmicas no estado de Roraima, para que ele tenha uma geração própria.
A conta, de R$ 406 milhões até o fim deste ano, será paga pelos consumidores de energia de todo o País. Em 2019, essa conta pode chegar a R$ 1,2 bilhão.
3. Privatização da Eletrobras
A venda das distribuidoras da Eletrobras pode provocar aumento na conta de luz. Isso porque, para viabilizar a venda de uma delas, a Amazonas Energia, o governo tenta aprovar um projeto de lei que transfere aos consumidores o pagamento de dívidas bilionárias das empresas.
O impacto na conta de luz pode ser de R$ 5 bilhões, segundo a Abrace, uma associação que representa grandes consumidores industriais.
Além disso, a Eletrobras cobra que o governo arque com os custos das distribuidoras dos últimos meses.
A razão é que a concessão das empresas já venceu, ou seja, as distribuidoras que a Eletrobras tenta vender não precisariam mais oferecer o serviço. No entanto, continuam operando, enquanto os leilões de privatização não são concluídos, para evitar um corte de luz nos estados.
A transferência desses custos da Eletrobras para o governo pode acarretar em mais R$ 11 bilhões a serem pagos pelos consumidores.
4. Pagamento extra a empresas geradoras
O governo quer elevar o pagamento a três usinas térmicas movidas a gás natural, para viabilizar seu acionamento e preservar os reservatórios hídricos.
O governo planeja aumentar a remuneração às empresas que controlam as usinas, além de outras medidas para favorecer sua operação, para que elas possam ser novamente contratadas.
Esse pagamento será repassado à conta de luz.
Além disso, há o caso da usina nuclear de Angra 3, cujas obras estão paralisadas. Uma medida avaliada pelo governo para atrair investidores privados e concluir a obra bilionária é aumentar o preço pago pela energia gerada, tornando o empreendimento mais atrativo (segundo alguns analistas, sem isso, ele fica inviável).
Esse preço mais caro seria pago, novamente, pelos consumidores.
5. Leilão de térmicas
Além disso, o Ministério de Minas e Energia estuda realizar um leilão para contratar novas usinas térmicas movidas a gás natural na Região Nordeste.
O impacto na conta de luz é estimado em R$ 2 bilhões pela Abrace. Além disso, o leilão sofre críticas de alguns especialistas, que questionam a falta de estudos para a construção de novas usinas e o fato de ser um certame apenas para a Região Nordeste, o que contraria o sistema interligado que sempre predominou no Brasil.
Tentando reduzir a conta
É importante lembrar que há também algumas medidas em curso para tentar reduzir a conta de luz. Uma delas é a revisão de subsídios que estão pagos pelo consumidor. Entre os favorecidos pelos encargos estão produtores rurais, empresas que prestam serviços públicos de saneamento e consumidores de baixa renda, que recebem tarifas sociais, mais reduzidas. Outros grandes beneficiários são as empresas de energias renováveis, como eólica e solar. Esses empreendedores recebem uma série de isenções de taxas, que são pagas por todos os consumidores.
 
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