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Economia

- Publicada em 25 de Setembro de 2018 às 01:00

Petróleo Brent passa de US$ 80 por barril

Alta anima as empresas petroleiras no Brasil, que apostam no pré-sal

Alta anima as empresas petroleiras no Brasil, que apostam no pré-sal


/BP IMAGENS/DIVULGAÇÃO/JC
O preço do petróleo negociado na Europa ultrapassou a barreira dos US$ 80 no pregão de ontem após quatro anos. Com a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de não aumentar a produção, apesar das pressões de Donald Trump, o barril negociado para setembro saltou 3,05%, para US$ 81,20, o maior nível desde 2014.
O preço do petróleo negociado na Europa ultrapassou a barreira dos US$ 80 no pregão de ontem após quatro anos. Com a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de não aumentar a produção, apesar das pressões de Donald Trump, o barril negociado para setembro saltou 3,05%, para US$ 81,20, o maior nível desde 2014.
No Brasil, a alta anima as empresas petroleiras, que ficam com mais dinheiro em caixa para fazer suas apostas no pré-sal. Na próxima sexta-feira, o presidente Michel Temer realiza o último leilão do seu governo.
O atual valor da commodity supera as expectativas das empresas petroleiras, que planejaram investimentos dentro de um cenário bem mais modesto. Cada dólar inesperado que entra no caixa, portanto, é lucro.
A Petrobras, por exemplo, contava com um barril a US$ 53 na média deste ano. Com o petróleo a US$ 62,4, já conseguiria atingir a meta financeira de ter dívida correspondente a 2,5 vezes sua geração de caixa. A US$ 70 o barril, a métrica chegaria a duas vezes, desempenho melhor do que o prometido aos acionistas. Na casa dos US$ 80, são ainda melhores as perspectivas da empresa, que vende seus produtos a preços de mercado internacional.
"Estamos vivendo uma nova fase de crescimento, o fim de um ciclo de crise. Isso não significa que o barril voltará a valer US$ 140, mas também não custa US$ 30, como no pior momento", disse José Firmo, presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), após participar da cerimônia de abertura do congresso Rio Oil & Gas, o maior do setor realizado no Brasil. Ele lembra que, até 2014, o petróleo era comumente negociado a mais de US$ 100. Em seguida, despencou.
No domingo, a Arábia Saudita, líder da Opep, e a Rússia descartaram a possibilidade de aumento na produção de petróleo bruto, rejeitando efetivamente os pedidos do presidente dos EUA, para medidas que esfriem o mercado. "Nós protegemos os países do Oriente Médio, eles não estariam seguros por muito tempo sem nós e, ainda assim, continuam incentivando preços cada vez mais altos para o petróleo. Nós lembraremos disso. O monopólio da Opep deve baixar os preços agora!", escreveu Trump em sua conta no Twitter, no dia 20. Preços mais altos de gasolina para consumidores norte-americanos poderiam criar uma dor de cabeça política para o republicano antes das eleições para o Congresso em novembro.
O pré-sal continua a ser o grande atrativo do Brasil, diz ele, que representa grandes empresas petroleiras. O preço do petróleo e também o câmbio apenas ajudam a configurar o cenário atual de "pujança" da indústria petroleira nacional, em sua opinião. O esperado é que as empresas tenham apetite para o leilão de petróleo de sexta-feira. Mas a alta do barril não chega a ser um critério de definição de participação ou não da concorrência, porque os investimentos neste setor são de longo prazo, e conjunturas pontuais não influenciam na decisão de investimento.
"O cenário é de volatilidade. Por isso as empresas precisam ser resilientes para não achar que o preço do dia é para sempre", disse o presidente da Shell no Brasil, André Araujo.
 
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