Petróleo fecha em alta à espera de encontro da Opep no domingo

O petróleo fechou em alta nesta sexta-feira (21), à espera das sinalizações de países-membros e não membros da Organização dos Países Exportadores (Opep) sobre a produção da commodity, em encontro neste fim de semana.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em novembro fechou em alta de 0,65%, para US$ 70,78 por barril, com ganho semanal de 4,47%. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para o mesmo mês avançou 0,12%, para US$ 78,80, com alta de 2,56% na semana.

Neste domingo, a Opep realiza uma coletiva de imprensa na Argélia sobre as perspectivas para o mercado de petróleo, que deve abordar possíveis medidas para compensar a queda nas exportações iranianas após as sanções impostas ao país pelos Estados Unidos. Segundo a Bloomberg, fontes disseram que o cartel estaria discutindo a possibilidade de aumentar a produção em 500 mil barris por dia (bpd), o que limitou os ganhos dos contratos futuros.

Nesta semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, pressionou o cartel a baixar os preços do petróleo, após relatos de que a Arábia Saudita estaria confortável com a alta, pelo menos no curto prazo. Para o chefe de pesquisa de Energia da CFRA Research, Steward Glickman, a fala do republicano poderia pressionar os sauditas a expandir a produção, mas não significa que eles o farão.

"Não estamos otimistas de que a Arábia Saudita concordará em aumentar drasticamente a produção", disse. "O problema? Abrir as torneiras pode não ser sustentável e colocar em risco as capacidades de produção a longo prazo", aponta. Em nota, o Goldman Sachs prevê que o preço do Brent de curto prazo chegue a US$ 80 por barril, citando o forte crescimento da demanda americana combinado à produção doméstica restrita, além das sanções ao Irã.

Investidores também acompanharam a divulgação do número total de poços e plataformas de petróleo em operação nos EUA, que caiu de 867 para 866 na semana encerrada nesta sexta-feira, informou a Baker Hughes. Analistas projetavam retração a 860.