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Turismo

- Publicada em 23 de Setembro de 2018 às 21:33

Demanda por viagens de final de ano diminui 20%

Poucos turistas já se organizaram para viajar no período do Natal

Poucos turistas já se organizaram para viajar no período do Natal


/JULIENNE SCHAER/DIVULGAÇÃO/JC
Baixa procura e indecisão sobre a compra em um cenário de dólar em alta e momento político conturbado têm sido empecilhos para a venda de pacotes de turismo para o final de ano, segundo agentes de viagens. Neste sentido, há pouco mais de três meses do Natal e Ano Novo, poucos brasileiros já se organizaram para o período - pelo menos é o que se reflete nas empresas do segmento. "Ainda não começaram as buscas, acredito que o pessoal está esperando as eleições passarem para conseguir se definir - dá para dizer que a procura é quase zero, e normalmente já teria começado", admite o diretor da Argus Turismo, Danilo Martins.
Baixa procura e indecisão sobre a compra em um cenário de dólar em alta e momento político conturbado têm sido empecilhos para a venda de pacotes de turismo para o final de ano, segundo agentes de viagens. Neste sentido, há pouco mais de três meses do Natal e Ano Novo, poucos brasileiros já se organizaram para o período - pelo menos é o que se reflete nas empresas do segmento. "Ainda não começaram as buscas, acredito que o pessoal está esperando as eleições passarem para conseguir se definir - dá para dizer que a procura é quase zero, e normalmente já teria começado", admite o diretor da Argus Turismo, Danilo Martins.
"A demanda está baixa, talvez porque as pessoas estejam esperando mudar este cenário político atípico, afinal ninguém sabe o que vai acontecer após as eleições", concorda o diretor de Marketing da Personal Operadora, Augusto Leite. "Em qualquer outro ano, este seria o período de início de busca por pacotes de final de ano, até porque quanto mais antecipada a compra, mais barato custa." Mas há quem já esteja ao menos pesquisando, pondera o diretor da Operadora Sepean Viagens, Bruno Gambros. "Nos últimos anos o brasileiro se acostumou a buscar os pacotes com antecedência, principalmente quando o destino é internacional."
Leite confirma que sempre tem "aqueles mais preparados", mas reforça que o volume de vendas ainda deve demorar para aumentar. De acordo com os agentes, o ideal é sempre comprar enquanto a disponibilidade estiver favorável. "Quanto mais próximo da data, maior a ocupação e consequentemente maiores valores", alerta Gambros. Ele observa que um dos fatores que mais influencia os valores das passagens aéreas é justamente a ocupação do voo. Ou seja, se o passageiro está a procura de promoção, independente do destino, talvez consiga uma passagem com desconto. "Porém, não há garantias de êxito no caso de um destino específico, em uma época tradicional de grande ocupação", completa. Martins concorda: "É questão de oferta e demanda, quanto mais gente no hotel e no avião, mais caro", sentencia, aconselhando aos que pretendem viajar, principalmente para o exterior, a pelo menos iniciarem as buscas para comparar preços, uma vez que a compra antecipada sempre é mais vantajosa.
Segundo o líder de Operações no Brasil da empresa de busca por viagens Kayak, Eduardo Fleury, no período de três a quatro meses de antecedência do Natal e Ano Novo, os preços costumam estar até 15% mais baixos. Ele afirma que, apesar do cenário político-econômico, este é o momento ideal para a compra de passagens aéreas para destinos estrangeiros. Para viagens nacionais, segundo o gestor, ainda vale a pena esperar. "A antecedência ideal de compra é de um mês", afirma. Já Danilo Martins adverte que, pelo fato de o preço do combustível para aeronaves estar em alta, o ideal é não deixar para depois. "Tudo indica que ainda vai ter aumento nos preços."
 

Rio de Janeiro mantém a liderança entre os destinos mais procurados para o Réveillon

Queima de fogos na praia de Copacabana é um atrativo tradicional

Queima de fogos na praia de Copacabana é um atrativo tradicional


/Gabriel Monteiro/Riotur/Divulgação/JC/
Apesar das agências de viagem já terem iniciado os bloqueios para destinos como Buenos Aires (Argentina), Montevidéu e Punta Del Este (Uruguai), e até Tailândia (Ásia), dentre aquelas que já estão se deparando com alguma demanda, a cidade do Rio de Janeiro ganha destaque.
"Já estamos vendendo cruzeiros de Réveillon, com saída do Rio rumo à Bahia, muito porque uma das atrações é justamente passar a virada em Copacabana, assistindo aos fogos de camarote", comenta o diretor de Marketing da Operadora Personal, Augusto Leite.
Uma viagem no cruzeiro disponibilizado pela Personal custa em média R$ 10 mil para duas pessoas, com acomodação em cabine dupla, por sete noites. "Mas também está em alta a procura pela cidade de Porto (Portugal), que dizem ter uma das festas de virada de ano mais lindas do mundo", pondera Leite.
O gestor da Personal diz que a expectativa é de que o valor do dólar oscile para baixo após as eleições. "Neste sentido, acho que até vale a pena esperar, mas é sempre um risco."
O diretor da Argus Turismo, Danilo Martins comenta que o câmbio influenciou na escolha de algumas pessoas, que compraram pacotes internacionais de final de ano lá pelos meses de junho e julho. "Pagaram menos. Mas a verdade é que a maioria sempre deixa para a última hora, principalmente com uma conjuntura destas que vemos no País atualmente." Martins também acredita que "seja qual for o candidato que vencer, o dólar não vai se manter neste patamar, de em torno de R$ 4,00". "Sempre é bom lembrar que alta temporada é mais cara, independentemente de conjuntura." No que se refere a destinos nacionais, ele afirma que, sem dúvida, a cidade do Rio de Janeiro se manterá como carro-chefe nas buscas do Réveillon. "Dependendo do hotel, é possível pagar R$ 2,5 mil por pessoa incluindo quatro diárias e as passagens aéreas", calcula.
"Alguns destinos são tradicionais no Réveillon: além do Rio de Janeiro, também a Times Square em Nova Iorque, atrai muita gente", comenta o diretor da Operadora Sepean Viagens, Bruno Gambros. No entanto, segundo ele, esse tipo de procura vem mudando nos últimos anos, com muitos turistas buscando novos destinos, a exemplo de Ushuaia e El Calafate (Argentina), que possuem uma demanda "altíssima" para o período de festas. "Turquia também tem se destacado bastante também pelo custo-benefício; e este ano Cancun (México) já lotou há algumas semanas."