Em fato relevante divulgado nesta quinta-feira, a Fibria confirmou que a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) de acionistas aprovou a fusão entre as companhias. Na AGE da Suzano, também foi aprovada a operação.
Segundo fontes, o voto dos controladores Votorantim e Bndes foi decisivo, já que 55% dos minoritários ficaram contra a modelagem que os obriga a vender as ações que detêm na empresa.
Dois dos maiores minoritários, os fundos de pensão da Petrobras (Petros) e do Banco do Brasil (Previ), votaram contra o negócio. Como não se posicionaram ao lado de outros minoritários na tentativa de fazer a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) considerar a modelagem ilegal, havia dúvida se eles votariam na AGE com o governo, que tem interesse na operação, que injetará cerca de R$ 8,4 bilhões no caixa do Bndes.
Os minoritários analisam que medidas tomarão. Além da alegação de ilegalidade da operação, fontes explicam que é possível que alguns busquem o ressarcimento pelos prejuízos causados em decorrência da modelagem. É que a obrigatoriedade de venda das ações implicará desconto de até 22% de Imposto de Renda (IR), o que não aconteceria se fosse feita a troca de ações da Fibria por da Suzano.
Segundo a Fibria, os acionistas que votaram contra ou se abstiveram na assembleia terão direito de retirada, que vale desde o dia 26 de julho, quando foi celebrado o acordo, até a data da consumação da operação. Eles poderão manifestar a opção de exercer esse direito no prazo de 30 dias após a publicação da ata da AGE.