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Economia

- Publicada em 13 de Setembro de 2018 às 18:55

Varejistas gaúchos projetam crescimento até o fim do ano

Patrícia Comunello
Setores lojistas gaúchos encararam os números de vendas do varejo gaúcho, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa quinta-feira (13), como um sinal de que o segundo semestre pode ser de incremento maior na atividade. O desfecho eleitoral pode pesar para ditar o ritmo de recuperação, frisam os dirigentes ouvidos. O IBGE apontou alta de 1,4% em julho frente ao mesmo mês de 2017, mas de queda em relação a junho, que sofreu impacto da greve dos caminhoneiros. O frio mais rigoroso ajudou segmentos como vestuário e itens de eletrodomésticos, comentam entidades do varejo no Estado.     
Setores lojistas gaúchos encararam os números de vendas do varejo gaúcho, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa quinta-feira (13), como um sinal de que o segundo semestre pode ser de incremento maior na atividade. O desfecho eleitoral pode pesar para ditar o ritmo de recuperação, frisam os dirigentes ouvidos. O IBGE apontou alta de 1,4% em julho frente ao mesmo mês de 2017, mas de queda em relação a junho, que sofreu impacto da greve dos caminhoneiros. O frio mais rigoroso ajudou segmentos como vestuário e itens de eletrodomésticos, comentam entidades do varejo no Estado.     
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-RS), Vitor Koch, diz que esperava uma melhora no cenário em julho, depois de junho mais freado, com o impacto da greve no agronegócio. Nas cidades do interior, o setor primário dita o ritmo do comércio, pondera Koch. "Mas o crescimento (de julho), mesmo interessante, é muito pequeno. Esperamos que a história se repita para termo um segundo semestre melhor", torce o presidente da FCDL-RS. Koch se refere ao retorno maior dos últimos meses, que a crise em 2017 afetou. O pagamento da primeira parcelo do 13º para os aposentados e pensionistas do INSS e do abono do PIS-Pasep vem influenciando positivamente o setor, completa. Para o dirigente, as pessoas usam 30% do dinheiro extra para quitar dívidas, e o restante vai principalmente para consumo e uma parte para poupança. 
A entidade revisou a meta de crescimento real (descontada a inflação) do ano, de 4,5%, que previa em janeiro, para 2,5% a 3%. O que tem sido o ponto de ponderação dos dirigentes é a eleição. "Tem de deixar passar o processo eleitoral", condiciona Koch. "Temos um potencial daqui para frente, as empresas têm de se preparar." Outra aposta é que a abertura de vagas temporárias será mais forte este ano. A FCDL-RS espera uma oferta de 5 mil vagas. Uma preocupação, por outro lado, é o impacto do dólar em produtos com componentes importados ou em mercadorias de consumo final que vêm sendo trazidas do exterior, como calçados, vestuário e eletroeletrônicos, que sofrem elevação de preços, diz o presidente da FCDL-RS.  
O vice-presidente do Sindilojas Porto Alegre, Arcione Piva, comenta que o dado do IBGE dá visão geral do Estado, com peso do interior, que vem melhor, segundo ele. Em Porto Alegre, o setor não segue a média, ficou abaixo em julho, diz Piva. No acompanhamento feito pela entidade, as vendas avançaram 1,5% de janeiro a julho, e o Sindilojas espera melhor desempenho em agosto, cujos números devem ser divulgados na semana que vem. Segmentos de vestuário e materiais de construção tiveram alta de 5%. O inverno pesou na área do vestuário, diz o dirigente.
"A recuperação é mais lenta. É afetada pelas eleições e ainda pelo parcelamento de salários de servidores do Estado e da prefeitura da Capital, que pesam mais no nosso desempenho", descreve o vice-presidente do sindicato lojista. "Mas já vemos um otimismo maior. O segundo semestre será melhor", aposta. O segmento aguarda o Dia das Crianças, uma das principais datas promocionais do ano. "Vamos esperar a data para depois projetar geração de vagas temporárias para o fim do ano", observou Piva.
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