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Economia

- Publicada em 13 de Setembro de 2018 às 01:00

Investimentos federais cairão em 2019, diz IFI

Economia sofre com a lenta recuperação e o alto nível de desemprego

Economia sofre com a lenta recuperação e o alto nível de desemprego


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Os investimentos federais previstos na proposta de Orçamento Geral da União em 2019 cairão para o menor nível desde 2006, revelou a Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado. A proposta enviada pelo Executivo no fim de agosto reserva R$ 27 bilhões para esse tipo de despesa, valor 71% inferior aos R$ 92 bilhões reservados no Orçamento de 2013, ano em que os investimentos bateram recorde.

Os investimentos federais previstos na proposta de Orçamento Geral da União em 2019 cairão para o menor nível desde 2006, revelou a Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado. A proposta enviada pelo Executivo no fim de agosto reserva R$ 27 bilhões para esse tipo de despesa, valor 71% inferior aos R$ 92 bilhões reservados no Orçamento de 2013, ano em que os investimentos bateram recorde.

Os investimentos englobam as obras públicas e a compra de equipamentos. Em relação aos valores executados (efetivamente gastos), o Relatório de Acompanhamento Fiscal divulgado pela IFI estima que, pelos dados realizados até agosto, é possível que os investimentos encerrem 2018 com leve crescimento em relação a 2017. Mesmo assim, destacou a IFI, o valor deve corresponder a cerca de 50% da média alcançada entre 2010 e 2014.

A IFI não considerou os investimentos das estatais, apenas os do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Em termos de valores reservados no Orçamento, os investimentos federais (sem as estatais federais) bateram recorde em 2013, com R$ 92 bilhões previstos. Em relação ao montante executado, o recorde correspondeu a 2014, quando foram gastos R$ 73 bilhões. Todos os valores foram corrigidos para preços de julho de 2018 para descontar a inflação do período.

O relatório revelou que as diferenças de arrecadação entre os governos locais agravam as desigualdades regionais. No último relatório, o órgão, vinculado ao Senado, destacou as disparidades na capacidade de os governos regionais financiarem as políticas públicas.

O Maranhão, que tem o segundo menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País, dispunha de R$ 3.357,00 por habitante em 2016, o montante mais baixo do Brasil. O valor representa um terço dos R$ 9.965,59 que o Distrito Federal, unidade da Federação (UF) com IDH mais alto, tinha à disposição para cada cidadão no mesmo ano.

De acordo com o relatório da IFI, a lentidão na recuperação econômica e o alto nível de desemprego continuam a fazer a economia brasileira operar com elevado grau de ociosidade. O hiato do produto - medida de quanto a economia está abaixo do potencial - está em 6,4%. O indicador bateu recorde no fim de 2016, quando a economia operava 8,5% abaixo da capacidade.

Essa ociosidade afasta pressões "mais sérias" sobre a inflação. Isso porque a baixa demanda impede as empresas de aumentar os preços como fariam se a economia estivesse aquecida.

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