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Sistema financeiro

- Publicada em 13 de Setembro de 2018 às 01:00

'Decisão do BC sobre XP foi rigorosa demais', diz presidente do Itaú Unibanco

Setúbal afirma que a empresa está performando acima do esperado

Setúbal afirma que a empresa está performando acima do esperado


/NELSON ALMEIDA/AFP/JC
O presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, admitiu, pela primeira vez, que a postura do Banco Central em relação ao investimento do banco na XP Investimento foi "rigorosa demais" ao restringir a compra do controle da corretora no futuro. O modelo anterior do negócio desenhado pelos sócios, segundo ele, poderia até mesmo aumentar a concorrência no mercado de atuação da XP.
O presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, admitiu, pela primeira vez, que a postura do Banco Central em relação ao investimento do banco na XP Investimento foi "rigorosa demais" ao restringir a compra do controle da corretora no futuro. O modelo anterior do negócio desenhado pelos sócios, segundo ele, poderia até mesmo aumentar a concorrência no mercado de atuação da XP.
"Mas cabe a nós acatar a decisão do Banco Central. Achamos que ainda vale a pena o investimento na XP", disse o presidente do Itaú, em reunião com analistas e investidores, nesta tarde de quarta-feira.
Também presente, o co-presidente do conselho de administração do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, afirmou que a XP está performando até mesmo acima do valuation calculado pelo banco. "O que mudou (no modelo aprovado pelo BC) é que a gente nem sabe se um dia vai poder comprar aquilo (o controle da XP)", acrescentou.
Apesar disso, ele destacou que o fato de a XP anunciar o Itaú como acionista ajudou a corretora, que passou a ter mais confiança para atrair clientes. "A operação deles vai muito bem embora não tenhamos mais o direito de, via uma call option, comprar o controle. Mudou a questão estratégica", reforçou Setubal.
Pelo desenho final, o Itaú foi autorizado a adquirir 49,9% do capital social da XP, mas se comprometeu a não comprar o controle da corretora pelos próximos 8 anos. Com a restrição, as opções de venda por parte da corretora e aquisição pelo banco foram canceladas, com qualquer movimento sendo adiado para 2026.
Candido Bracher, comentou ainda que o ambiente regulatório está se tornando mais difícil e mais desafiador no setor bancário. Pesa, sobretudo, conforme o executivo, o aumento da concorrência com fintechs - startups do setor financeiro - e outras empresas que passaram a competir com os bancos, expondo a qualidade de serviços desses players em determinados nichos.
"Essas empresas têm atuado em nichos nos quais os bancos são menos eficientes, têm margens maiores e preços mais caros. Isso desperta os reguladores, que passam a ter um apetite maior de regular. Não é um fenômeno só no Brasil", explicou Bracher.
Como exemplo, o presidente do Itaú citou medidas no setor de cartões, estabelecendo preços máximos e proibindo cobranças de tarifas. "Isso tem gerado uma competição maior em todos os segmentos", acrescentou Bracher.
O presidente do Itaú afirmou ainda que a tecnologia é uma grande oportunidade e tem de ser aproveitada. Chamou a atenção para a necessidade de o banco estar permanentemente em mudanças. "É algo cultural. Esse é o banco que estamos tentando construir, um banco que esteja mudando permanentemente. Essa não é uma novidade. Talvez, o ritmo", disse o executivo.
Ele lembrou ainda a mudança de estratégia do Itaú de 2012 para cá, quando passou a focar mais em serviços e reduzir o risco do seu balanço. Citou também o fato de a concessão de crédito ter rendido acima do custo de crédito do banco, de 14,5% ante 14%. Ponderou, contudo, que o custo subiu e que diante disso a oferta de empréstimos terá de ser melhor rentabilizada no cenário atual.
 

Correntistas de bancos privados já recebem cotas do PIS/Pasep na conta

Correntistas dos bancos Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Bancoob, Sicredi, Mercantil, Banestes e BRB já começaram a receber as cotas do PIS/Pasep automaticamente em suas contas. Antes, o depósito automático só estava disponível para os clientes da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. As cotas referentes ao Pasep (devida a servidores públicos) já começaram a ser depositadas. Já as cotas do PIS, para trabalhadores do setor privado, começam a cair na conta a partir desta quinta-feira.
O acordo para que as instituições financeiras consigam fazer os depósitos automáticos das cotas do PIS/Pasep nas contas de seus clientes foi firmado no fim de agosto. A informação sobre a adesão dos bancos ao acordo, fechado entre o governo e a Federação Brasileira de Bancos Febraban, foi amplamente divulgada pelo Ministério do Planejamento.
De acordo com o Planejamento, dos 16,3 milhões de cotistas do Fundo PIS/Pasep com menos de 60 anos (os chamados cotistas de todas as idades), 9,5 milhões já resgataram seus recursos. Ou seja, 6,8 milhões ainda têm dinheiro a sacar. O prazo terminará no dia 28 de setembro.
Tem direito de sacar o dinheiro quem tinha emprego formal entre 1971 e 1988, em empresas privadas ou no setor público, sem limite de idade.
A Caixa e o BB são os agentes operadores dos fundos do PIS/Pasep e já efetuaram o crédito automático nas contas de seus respectivos clientes, em 8 de agosto. Quem não recebeu deve procurar o banco para verificar se os dados pessoais estão corretos e se não faltam documentos, como o CPF.