A abertura do mercado de câmbio é de instabilidade e indica a divisão entre os agentes do mercado sobre o atual patamar do dólar. Às 9h34min desta segunda (10), o dólar à vista caía 0,07% a R$ 4,0819. Na máxima, foi a R$ 4,0909 (+0,08%). Na mínima, marcou R$ 4,0534 (-0,83%). O contrato para outubro da moeda subia 0,60% aos R$ 4,0940. Na máxima, foi a R$ 4,099 (0,74%). Na mínima, marcou R$ 4,0615 (-0,18%).
"Após o fechamento em queda na quinta-feira (6), tem quem ache que a moeda desvalorizou muito e entra tomando. Tem quem ache que a eleição mudou 'para melhor' e está 'soltando'", afirmou um operador do mercado cambial. O dólar futuro abriu com variação positiva nesta segunda-feira, 10, enquanto a moeda à vista iniciou o dia em queda. Poucos minutos depois, as variações nos dois mercados mudavam de sinal.
Uma pressão de alta do dólar vem do exterior, onde a moeda sobe perante a maioria das emergentes. Sobre o real, ainda pesam ajustes atribuídos à divulgação de dados sobre o mercado de trabalho americano, o "payroll", na sexta-feira (7), quando o mercado brasileiro estava fechado pelo feriado do Dia da Independência.
No exterior, a moeda avançou em relação a pares desenvolvidas em razão dos "payroll" considerado forte. Assim como na sexta-feira, os agentes globais seguem monitorando as tensões comerciais entre EUA e China.
Ainda sobre o câmbio brasileiro nesta segunda, parte da instabilidade nos preços é explicada, segundo outro operador, pela expectativa do investidor quatro a novas pesquisas eleitorais. Sobre o incidente, uma leitura é que este provocou um enfraquecimento da esquerda brasileira, como escreveu o operador da H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto.