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agronegócios

- Publicada em 09 de Setembro de 2018 às 22:02

Certificado atesta boas práticas na vitivinicultura

Certificado leva em conta exame feito na cantina e nos parreiras da vinícola

Certificado leva em conta exame feito na cantina e nos parreiras da vinícola


VIN/DIVULGAÇÃO/JC
Pleiteando ampliar o seu destaque internacional e aumentar o consumo interno de vinho no País, o setor vitivinícola gaúcho investe em diferenciações. Como meio de comprovar a qualidade de seus produtos, parte do segmento submete-se a avaliações criteriosas de seus métodos com a finalidade de obter selo de produção integrada em seus rótulos.
Pleiteando ampliar o seu destaque internacional e aumentar o consumo interno de vinho no País, o setor vitivinícola gaúcho investe em diferenciações. Como meio de comprovar a qualidade de seus produtos, parte do segmento submete-se a avaliações criteriosas de seus métodos com a finalidade de obter selo de produção integrada em seus rótulos.
Os produtores podem aderir a certificação após adequarem-se ao modelo exigido pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa) e pelo Inmetro, que chancelam o selo. As normativas da produção integrada nas uvas para processamento foram publicadas em 2016 pelo Mapa, juntamente com as especificações de outras 13 culturas agrícolas. No caso da viticultura, as diretrizes foram estabelecidas com base em documentação elaborada pela Embrapa Uva e Vinho, de Bento Gonçalves.
A própria Embrapa, agora, ministra cursos aos técnicos e auditores com interesse em estarem aptos a implementar e avaliar estes sistemas de produção. De acordo com o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, Samar Velho da Silveira, que lidera o projeto da produção integrada junto à instituição, àqueles que optam por cultivar conforme as normas da Produção Integrada Agropecuária (PI Brasil), aderem a um diferencial mercadológico. “Este cultivo significa um sistema que liga a questão ambiental com sustentabilidade econômica”, explica.
A afirmação do pesquisador se baseia no princípio de controle rígido a utilização de agrotóxicos, que resultam na inexpressividade de partículas do químico no produto final da produção. Para obter o certificado, são feitas coletas tanto na cantina quanto na lavoura da vinícola. O laudo técnico do laboratório vai para a certificadora, que confere se todas as moléculas que integram a grade de agroquímicos da cultura estão dentro dos limites estabelecidos pelo Mapa e pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Os benefícios econômicos e sociais observados por Silveira são relatados também por Normélio Ravanello, proprietário da Vinícola Ravanello, de Gramado, a primeira a ser certificada no País. Pelo seu relato, os investimentos necessários não são imediatamente compensatórios financeiramente, mesmo com a diminuição significativa no uso do agroquímico.
Ravanello confessa estar de olho em outra vantagem: a competitiva. “Desde a concepção do projeto, queremos estar entre os melhores da atividade”, comenta o gestor, que acumula experiência de sete anos como presidente da empresa de máquinas agrícolas Massey Fergunson para América Latina. Assim, conta, foram pioneiros no segmento a contarem também com as certificações de ISO 9000 e 1400, além da Ohsas, normas britânicas ligadas a segurança do trabalhador e saúde ocupacional.
A implantação da produção integrada na vinícola conta com o acompanhamento do enólogo Ataíde Israel Cordeiro e do técnico agrícola Rudilei Carmiel, responsáveis técnicos treinados pela Embrapa. Um dos principais resultados da implantação do sistema foi a redução de 30% nos produtos aplicados no parreiral, apenas utilizando estratégias de monitoramento dos insetos e a erradicação do uso de herbicidas.
Além da Embrapa, a produção integrada da uva para processamento foi desenvolvida em parceria com instituições de pesquisa, de extensão e do setor produtivo, como Emater/Ascar-RS, Tecnovin do Brasil, Cooperativa Nova Aliança, e as vinícolas Almadén, Luiz Argenta, Ravanello, Perini e Santa Maria.

O que é produção integrada?

O sistema de produção integrada é focado na adequação dos processos produtivos para a obtenção de produtos vegetais de qualidade e com níveis de resíduos de agrotóxicos e contaminantes em conformidade com o que estabelece a legislação sanitária, mediante a aplicação de boas práticas agrícolas, favorecendo o uso de recursos naturais e a substituição de insumos poluentes.

Sobre o selo


EMBRAPA UVA E VINHO/DIVULGAÇÃO/JC
O sistema de produção integrada é focado na adequação dos processos produtivos para a obtenção de produtos vegetais de qualidade e com níveis de resíduos de agrotóxicos e contaminantes em conformidade com o que estabelece a legislação sanitária, mediante a aplicação de boas práticas agrícolas, favorecendo o uso de recursos naturais e a substituição de insumos poluentes.
Fonte: Embrapa Uva e Vinho