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Turismo

- Publicada em 03 de Setembro de 2018 às 01:00

Milhas permitem uma economia de até 40%

Mais de 900 mil usuários cadastrados nas plataformas tiveram economia média de R$ 450,00 por transação

Mais de 900 mil usuários cadastrados nas plataformas tiveram economia média de R$ 450,00 por transação


/FABIO RODRIGUES POZZEBOM/ABR/JC
O desafio de guardar dinheiro, principalmente em período de instabilidade econômica, é, provavelmente, um dos fatores que têm influenciado no aumento do uso de ferramentas que ajudam viajantes a consumir de forma mais consciente. Nesse sentido, ainda que sejam cobradas taxas de embarque, emissão e segurança, os programas de milhagens são um alento para tornar as viagens nacionais ou internacionais mais vantajosas.
O desafio de guardar dinheiro, principalmente em período de instabilidade econômica, é, provavelmente, um dos fatores que têm influenciado no aumento do uso de ferramentas que ajudam viajantes a consumir de forma mais consciente. Nesse sentido, ainda que sejam cobradas taxas de embarque, emissão e segurança, os programas de milhagens são um alento para tornar as viagens nacionais ou internacionais mais vantajosas.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf), a adesão dos brasileiros aos programas de fidelidade cresce a cada ano. Só em 2017, a quantidade de cadastros nas oito associadas da entidade cresceu 25%, chegando aos 112,2 milhões. No primeiro trimestre de 2018, o número de milhas resgatadas foi de 59,8 bilhões - destas, 74,4% foram usadas em passagens aéreas.
Empresa que negocia passagens econômicas emitidas pelas milhas de terceiros, a MaxMilhas alcançou, em 2018, o total de mais de 1,5 milhão de passagens aéreas emitidas desde seu lançamento, em 2013. "É uma das formas mais simples e seguras de se vender milhas e obter dinheiro para viajar", comenta a sócia da empresa, Tahiana D'Egmont. Segundo ela, os mais de 900 mil usuários cadastrados na plataforma economizaram 40% na compra das suas viagens, o que representa, aproximadamente,
R$ 450,00 por transação. Já dados da Abemf apontam que o número de cadastros nos programas de fidelidade de seis de suas associadas (Dotz, Grupo LTM, Multiplus, Netpoints, Smiles e TudoAzul) chegou aos 115,3 milhões no fim do primeiro trimestre deste ano. Apenas nesse período, o setor ganhou 3,1 milhões de novas inscrições, o que representa um crescimento de 18,9% no comparativo com o mesmo trimestre de 2017.
Na avaliação do presidente da entidade, Roberto Chade, o início de 2018 foi positivo, com destaque, também, para o faturamento das empresas, que cresceu 11,2% frente ao mesmo período do ano passado, chegando a R$ 1,63 bilhão. Os números demonstram que o consumidor não deixa de viajar, porém se adapta às mudanças de mercado, buscando alternativas mais atraentes para o seu bolso. De acordo com a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), a demanda de passageiros para destinos internacionais subiu após dois anos seguidos de queda. No total, 1,2 milhão de brasileiros embarcaram para o exterior em 2017, contra 954 mil em 2016.
No turismo nacional, cerca de 4,3 milhões de brasileiros embarcaram para destinos nacionais em 2017, contra 4,1 milhões em 2016. Já em relação ao acúmulo de milhas, o cenário é bem diferente. Apenas 10,7% são originados na compra de passagens. Detalhe é que o brasileiro nunca viajou tanto com milhas: ao todo, entre janeiro e março de 2018, foram emitidos 69,5 bilhões de pontos/milhas, tendo sido resgatados 59,8 bilhões.
Segundo levantamento da entidade, a preferência dos participantes no momento do resgate continua sendo os bilhetes aéreos, representando 74,4% dos pontos (milhas) utilizados no período. "Em momentos de baixo crescimento econômico e alguma instabilidade, como a que estamos enfrentando no Brasil, os programas de fidelidade são um importante aliado do consumidor, pois, de fato, aumentam seu poder de compra", avalia Chade.
A sócia da MaxMilhas afirma que, no primeiro trimestre do ano, a plataforma gerou economia média de 37% em relação às outras opções para compras de passagens aéreas para destinos nacionais e 38% para destinos internacionais. "Com o dólar subindo, nossa empresa se torna ainda mais a plataforma certa para quem quer economizar", defende Tahiana. No mês de agosto, o desconto médio para passagens nacionais se manteve em 37%, enquanto o internacional subiu para 52%, destaca
Tahiana. "Vemos que, com a alta do dólar, o público tende a mudar um pouco a sua escolha pelo destino para viajar, não pelo preço da passagem em si, já que temos economia em todos os momentos, mas, principalmente, pelos outros gastos relacionados à viagem, como hospedagem, alimentação e passeios." 
 

Cartão de crédito é aliado da passagem-prêmio

Para a felicidade de quem costuma usar milhas para aquisição de passagens aéreas, todas as bandeiras (American Express, Diners, Mastercard, Visa) e bancos têm cartões de crédito que acumulam pontos. Para viajar, é preciso acumular pontuação suficiente para trocar por passagens em cada um.
Por isso, é melhor concentrar os pontos (e voos) em um único programa. Para aderir ao programa Latam Fidelidade, por exemplo, basta o passageiro preencher um cadastro para se inscrever na rede Multiplus, que permite que o cliente acumule ponto em suas compras do dia a dia em uma única conta. "Os inscritos do programa Multiplus são automaticamente participantes do Latam Fidelidade e vice-versa", explica a assessoria de imprensa da empresa. Os participantes do programa podem, por exemplo, transferir os gastos com o cartão de crédito e transformar em pontos do programa - que podem ser trocados não somente por passagens aérea, mas também por pacotes de viagens ou outros produtos e serviços dos parceiros.
Em agosto, os cinco destinos internacionais mais vendidos na MaxMilhas foram Santiago (Chile), Buenos Aires (Argentina), Miami (EUA), Bogotá (Colômbia) e Londres (Inglaterra). No primeiro trimestre, Santiago (Chile), Nova Iorque e Miami (EUA), Buenos Aires (Argentina) e Londres (Inglaterra) lideraram o ranking dos destinos mais procurados. "Ainda em relação aos destinos, tínhamos Paris (França) no top 10 no primeiro trimestre, e, em agosto, Lisboa (Portugal), demonstrando que os consumidores buscam alternativas mais baratas e ainda atraentes, mesmo em países onde o câmbio acaba prejudicando mais."
No ranking de destinos nacionais mais procurados pelos participantes de programas de fidelidade, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília estão nas três primeiras posições, segundo dados da Abemf. Entre as viagens internacionais, Orlando, Miami e Santiago são as preferidas. A novidade fica com Roma, em oitavo lugar, que não apareceu na lista do trimestre anterior.