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Economia

- Publicada em 28 de Agosto de 2018 às 18:53

Dólar fecha a R$ 4,14 na segunda maior cotação diária desde Plano Real

Taxas de juros mais altas atraem fluxo de capital para os Estados Unidos

Taxas de juros mais altas atraem fluxo de capital para os Estados Unidos


FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
O dólar se aproximou de R$ 4,15 nesta terça-feira (28), com o noticiário eleitoral mais aquecido e um cenário externo menos favorável a emergentes. O dólar comercial avançou 1,44% e fechou a R$ 4,141. A moeda chegou a abrir em baixa, atingiu R$ 4,065, mas na máxima foi a R$ 4,148. Essa foi a terceira maior cotação diária desde o Plano Real – em 21 de janeiro de 2016 foi a R$ 4,166.
O dólar se aproximou de R$ 4,15 nesta terça-feira (28), com o noticiário eleitoral mais aquecido e um cenário externo menos favorável a emergentes. O dólar comercial avançou 1,44% e fechou a R$ 4,141. A moeda chegou a abrir em baixa, atingiu R$ 4,065, mas na máxima foi a R$ 4,148. Essa foi a terceira maior cotação diária desde o Plano Real – em 21 de janeiro de 2016 foi a R$ 4,166.
Na segunda-feira (27), o anúncio de um acordo entre Estados Unidos e México trouxe certo alívio ao mercado global, e o dólar perdeu força pelo mundo, inclusive ante o real. Alguns analistas começam a apontar, no entanto, que os termos negociados ainda são preliminares e questionáveis.
Em relatório, o banco Goldman Sachs diz não ver efeito macroeconômico substancial nos Estados Unidos caso os termos revisados sejam implementados. Um dos pontos destacados é que, na opinião de Alec Phillips, que assina o relatório, o acordo é mais restritivo do que o esperado em relação ao setor automotivo, atendendo mais aos interesses americanos do que aos mexicanos.
A corretora Spinelli ressalta ainda dados divulgados nesta segunda apontando melhora da confiança do consumidor nos EUA, "que atingiu a máxima da série desde 2003 pelo menos e sugere uma política monetária mais apertada pelo Fed", diz, em referência à política monetária do banco central americano.
Taxas de juros mais altas atraem fluxo de capital para a maior economia do mundo, fortalecendo o dólar.
Assim, o dia se mostra mais desafiador às moedas emergentes. A lira turca, por exemplo, perdeu 2% ante a divisa americana, o peso argentino se desvalorizou 1,67% e o mexicano, 1,14%.
Cleber Alessie Machado, operador na H. Commcor, observa que os ativos brasileiros estão bastante sensíveis, e o mercado, muito especulativo.
"Não houve um gatilho específico. O que vemos é uma conjuntura volátil já há um tempo. Quando tem um alívio no exterior, como ontem, acaba havendo uma acomodação aqui. Se tem mau humor lá fora, no Brasil isso é potencializado. O investidor está muito arisco", diz.
Internamente, o mercado segue cauteloso com o cenário eleitoral. Na véspera, o STF (Supremo Tribunal Federal) informou que analisará em julgamento virtual em setembro um recurso da defesa do ex-presidente Lula contra uma decisão do plenário da corte que negou habeas corpus ao petista no início de abril.
Está previsto ainda para esta terça o julgamento, pela primeira turma do STF, de denúncia que pode tornar o candidato Jair Bolsonaro (PSL) réu por racismo e manifestação discriminatória contra quilombolas, indígenas e refugiados.
"O mercado está trabalhando na volatilidade em cima do cenário político, com movimento pontuais e realizações muito no curto prazo", diz Marco Tulli Siqueira, gestor de operações Coinvalores.
Folhapress
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