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Economia

- Publicada em 26 de Agosto de 2018 às 23:13

Indústria gráfica enfrenta queda da demanda eleitoral

Distribuição de santinhos no dia da eleição está proibida e gera multa

Distribuição de santinhos no dia da eleição está proibida e gera multa


/Geraldo Magela/AGÊNCIA SENADO/JC
Carolina Hickmann
A tradicional cena das ruas abarrotadas de santinhos no dia da eleição tende a não ser mais vista. Isto porque é vetada a ação sob pena de multa desde o pleito de 2016. Além disso, a partir de então, em cada panfleto distribuído deve constar o CPF do responsável pela campanha, bem como o CNPJ da gráfica impressora do material gráfico para fins de responsabilização. A nova norma, somada ao crescimento da relevância das campanhas no meio digital, tem impactado o segmento gráfico, que sempre contou com a demanda extra em ano eleitoral.
A tradicional cena das ruas abarrotadas de santinhos no dia da eleição tende a não ser mais vista. Isto porque é vetada a ação sob pena de multa desde o pleito de 2016. Além disso, a partir de então, em cada panfleto distribuído deve constar o CPF do responsável pela campanha, bem como o CNPJ da gráfica impressora do material gráfico para fins de responsabilização. A nova norma, somada ao crescimento da relevância das campanhas no meio digital, tem impactado o segmento gráfico, que sempre contou com a demanda extra em ano eleitoral.
Na disputa municipal passada, a baixa na demanda já foi sentida pelo segmento, segundo o presidente da Associação Brasileira de Gráficas (Abigraf), Levi Ceregato. Assim, o dirigente projeta que, pelo observado nos últimos anos, haverá redução de 25% da demanda por peças gráficas nesta edição, em relação ao registrado em 2014.
As eleições presidenciais são as mais esperadas pelo segmento, uma vez que os postulantes aos seis cargos em disputa costumam dispor de maior verba de campanha. Somente os aspirantes a cadeira da presidência da república contam com limite de gastos estipulado em R$ 70 milhões para o primeiro turno, e R$ 35 milhões para o segundo, por candidato. Assim sendo, o montante que o segmento deve deixar de arrecadar tende a ser ainda mais significativo na relação com as eleições de 2016, quando a possibilidade máxima de valores gastos era atrelada ao tamanho dos municípios, e o teto para os candidatos da Capital era de cerca de R$ 5,8 milhões.
Até a semana passada, contudo, a ANS Gráfica havia recebido alguns pedidos de impressão e diversas cotações de valores. Seu diretor, Anderson dos Santos, avalia que a formalização destes atendimentos deve acontecer no decorrer desta semana, quando as verbas partidárias estão previstas para chegar ao total dos candidatos. Entre os itens mais procurados, diz, estão o tradicional santinho, com valor inicial em R$ 115,00 por 10 mil unidades, via site da empresa.
Sobre a diminuição na procura, Santos lamenta a pequena perda. "Enquanto na eleição passada registramos 40% de incremento, para este pleito esperamos algo como 30%", enfatiza. Mesmo com a queda na demanda, o faturamento da empresa se manteve, já que os itens agora vendidos costumam ter maior rotatividade.
O tempo mais curto do período eleitoral também contribui para condensar a demanda das gráficas mais requisitadas durante a janela de campanha, como a Tempo Gráfica, de Viamão. Um dos sócios do estabelecimento, Cléber Schneider, conta que a gráfica deve trabalhar em tempo integral. "Fora do período eleitoral, utilizamos três impressoras por cerca de oito horas ao dia, de segunda a sexta-feira. Hoje elas já estão ligadas 24 horas por dia, sete dias por semana", comemora.
 
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