O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,13% em agosto, com queda de 0,51 ponto percentual em relação a julho. Esta é a menor taxa para um mês de agosto desde 2010 (-0,05%), e também o menor desde março (0,10%), antes da greve dos caminhoneiros, que pressionou os preços de alimentos e combustíveis.
No acumulado do ano, a variação foi de 3,14%. O índice recuou em todas as onze áreas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mantendo o ritmo registrado em julho.
Devido a reajustes de tarifas públicas - energia elétrica, água e esgoto e gás encanado -, o grupo habitação, embora com queda em relação a julho, apresentou a maior alta entre os ramos pesquisados: 1,10%.
Os gastos com saúde e cuidados pessoais tiveram a segunda maior alta, por conta do item plano de saúde, refletindo o aumento de 10% autorizado em junho.
O grupo dos alimentos, que responde por cerca de 25% das despesas das famílias, que havia subido 0,61% em julho, recuou para 0,03% este mês, influenciado principalmente pela alimentação no domicílio (-0,43%) devido à redução nos preços de alguns itens importantes como cebola (-29,72%), tomate (-16,41%) e batata-inglesa (-15,49%).
Além disso, as carnes, que haviam apresentado alta de 1,10% em julho, recuaram 1,39%, e as frutas registraram queda pelo segundo mês consecutivo. A alimentação fora de casa continuou a subir, e registrou alta de 0,84%, com destaque para o lanche (1,63%).
O grupo dos transportes, que em julho registrara a segunda maior alta no IPCA-15, recuou 0,87, em função da queda no item passagem aérea (-2,01%) e dos combustíveis.