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Varejo

- Publicada em 21 de Agosto de 2018 às 23:16

Política domina abertura da Expoagas 2018

Simone Leite recebeu prêmio de Supermercadista Honorária

Simone Leite recebeu prêmio de Supermercadista Honorária


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Há poucas semanas das eleições, a situação política marcou os discursos da cerimônia de abertura da 37ª edição da Expoagas, feira de negócios promovida pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Para os representantes do setor varejista, o momento é de defesa das reformas propostas pelo governo federal, além de simplificação na estrutura estatal. Houve espaço, também, para demandas do setor, com críticas a situação da segurança pública e à concentração bancária.
Há poucas semanas das eleições, a situação política marcou os discursos da cerimônia de abertura da 37ª edição da Expoagas, feira de negócios promovida pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Para os representantes do setor varejista, o momento é de defesa das reformas propostas pelo governo federal, além de simplificação na estrutura estatal. Houve espaço, também, para demandas do setor, com críticas a situação da segurança pública e à concentração bancária.
"O País clama por reformas", argumentou, em seu discurso, o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, ressaltando a existência ainda de 13 milhões de desempregados no Brasil. Nessa linha, o dirigente defende que a reforma trabalhista foi um avanço, em especial no ponto do trabalho intermitente. "Novas vagas serão criadas assim que houver segurança jurídica para isso", afirmou Longo.
O dirigente também condenou os gastos com a estrutura política no Brasil, aludindo aos cerca de 70 mil cargos eletivos e, mais do que isso, ao corpo de assessores vinculados aos eleitos. "Temos 35 partidos oficializados, mais outros vários em gestação. Como deixamos chegar a esse ponto?", continuou Longo.
O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, corroborou a manifestação, defendendo ainda a necessidade das reformas previdenciária e tributária. "A tecnologia faz com que tudo seja simplificado, prático. O Brasil precisa se atualizar", defendeu. O dirigente sustentou ainda que uma das bandeiras da entidade é a diminuição do spread bancário. "Não somos nós os especuladores, somos vítimas de um sistema bancário verticalizado."
Sanzovo comemorou o crescimento de 2% nas vendas dos supermercados em todo o Brasil no primeiro semestre, mas culpou a paralisação dos caminhoneiros, em maio, e outros fatores como a alta do dólar pela redução de 3% para 2,5% na projeção de crescimento para 2018. "Mesmo assim, se atingirmos o número, será bastante positivo", argumentou o presidente da Abras. Outra bandeira da entidade, de acordo com Sanzovo, é a retomada da venda nos supermercados de medicamentos isentos de prescrição.
No Estado, Longo lamentou as dificuldades na segurança pública, que fariam com que o varejo já investisse mais do que o sistema bancário em medidas. "Alcançamos gasto de 1% do faturamento apenas com a segurança interna e externa das lojas", contou o dirigente.
Longo manifestou mais uma vez o apoio da entidade ao decreto estadual que regulamentou o manejo de alimentos nas lojas que, segundo ele, permitiu que qualquer um possa manipular os produtos, desde que siga as regras. "Temos um sonho, porém, de que 100% dos produtos já cheguem prontos da indústria, para que o varejo cumpra apenas com o seu papel de vender", continuou Longo, saudando as iniciativas da indústria nesse sentido.
Na cerimônia, foi entregue a distinção de Supermercadista Honorária à presidente da Federação de Entidades Empresarias do Estado (Federasul), Simone Leite. Primeira mulher a receber o reconhecimento, Simone agradeceu a honraria e garantiu que o momento é oportuno para que as mulheres busquem o seu verdadeiro espaço na sociedade. "Exige um grande esforço, mas vale a pena quando vemos os resultados", argumentou Simone sobre a sua atuação como líder empresarial.

Com mais expositores, feira quer superar R$ 500 milhões

Exposição conta com oferta de 800 novos itens às empresas do setor

Exposição conta com oferta de 800 novos itens às empresas do setor


/MARCO QUINTANA/JC
Estendendo-se até amanhã, no Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), a 37ª edição da Expoagas pretende chegar a R$ 506 milhões em negócios, crescimento de 5% em relação aos acordos fechados em 2017. "Estamos otimistas, mesmo que a esperada retomada da economia não tenha sido sentida pelas empresas", argumenta o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo.
A feira apresenta 800 novos itens, dos quais, tradicionalmente, 10% se tornam líderes de seus segmentos, segundo o dirigente. Neste ano, a maior novidade é o aumento no número de expositores, que passou de 347 para 372. O crescimento foi possível pela criação de um novo espaço anexo, onde acontecem as palestras técnicas, em parceria com o Sebrae. Ao todo, 36 pequenos negócios gaúchos puderam montar seus estandes. Longo fez um pedido público de ampliação do Centro de Eventos durante a cerimônia de abertura da Expoagas, argumentando que, neste ano, 80 indústrias ficaram de fora do evento por falta de espaço.