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turismo

- Publicada em 19 de Agosto de 2018 às 22:07

Corretoras gaúchas estudam aceitar cartão de crédito

Nova modalidade de venda de moeda estrangeira vem ocorrendo desde março no País

Nova modalidade de venda de moeda estrangeira vem ocorrendo desde março no País


JONATHAN HECKLER/ARQUIVO/JC
Enquanto algumas casas de câmbio da capital paulista já aceitam cartão de crédito como forma de pagamento para a compra de dinheiro em espécie ou no cartão pré-pago, em Porto Alegre, a maioria das corretoras ainda estuda essa possibilidade, sem grandes entusiasmos. "Ainda não estamos trabalhando com cartão de crédito, porque acaba influenciando na cotação", justifica o proprietário da Prontur, Pietro Predebon. De acordo com ofício do Banco Central (BC), de novembro de 2017, as casas de câmbio agora podem aceitar cartão de crédito, a exemplo de outros estabelecimentos comerciais no mercado. Quem optar por comprar com o cartão pagará uma taxa extra, que varia de conforme o estabelecimento.
Enquanto algumas casas de câmbio da capital paulista já aceitam cartão de crédito como forma de pagamento para a compra de dinheiro em espécie ou no cartão pré-pago, em Porto Alegre, a maioria das corretoras ainda estuda essa possibilidade, sem grandes entusiasmos. "Ainda não estamos trabalhando com cartão de crédito, porque acaba influenciando na cotação", justifica o proprietário da Prontur, Pietro Predebon. De acordo com ofício do Banco Central (BC), de novembro de 2017, as casas de câmbio agora podem aceitar cartão de crédito, a exemplo de outros estabelecimentos comerciais no mercado. Quem optar por comprar com o cartão pagará uma taxa extra, que varia de conforme o estabelecimento.
Na prática, a venda de moeda estrangeira via cartão de crédito vem ocorrendo desde março, em corretoras que optaram em dar mais essa alternativa aos clientes. Com isso, é possível parcelar em até 12 vezes a compra de dólar, libra e euro, por exemplo. Na opinião do proprietário da Prontur, a compra pelo cartão de crédito "pode ser uma solução" para assegurar a cotação em um dia de queda forte, quando não se tem o dinheiro disponível na conta-corrente. "Por outro lado, acho que é melhor o cliente fazer empréstimo para ter dinheiro em espécie na hora da compra", pondera Predebon, lembrando que a taxa extra cobrada (que varia de 2% a 5%, dependendo da bandeira do cartão) encareceria demais a transação.
"Em nossa negociação, um centavo faz diferença", concorda uma gestora da Good Câmbio que prefere não se identificar. Ela comenta que este não é o melhor momento para a empresa aderir ao cartão de crédito. "Vamos ver como o mercado vai se ambientar", avalia. Segundo a gestora, "não é de hoje" que muitos clientes demandam essa forma de pagamento. "A ideia é começarmos a aceitar o crédito, mas, como envolve repassar custos para o cliente, estamos analisando, até porque ainda é preciso estudar a maneira de receber o dinheiro de imediato - e isso envolve negociação com o banco."

Opção pelo plástico pode gerar vantagens para os compradores

Quem optar por comprar moeda estrangeira pagando no cartão de crédito terá a vantagem de pagar a cotação do dia, e não do fechamento da fatura. "No entanto, como tem que pagar uma taxa extra por transação, quanto menor o valor adquirido, mais cara sairá a variação", opina a gestora da Good Câmbio, lembrando que o preço do dólar tem variado bastante desde abril, com picos de alta desde maio. Na sexta-feira, a moeda estava sendo cotada em R$ 3,95 (comercial) e R$ 4,10 (turismo). "A demanda está parada, com a maioria dos clientes aguardando que caia o preço", informa. Segundo o BC, a casa de câmbio pode receber por meio de depósito em conta, cheque, TED e também cartão de crédito, desde que o valor não ultrapasse R$ 10 mil por cliente.
Na opinião da professora de Economia da Fecap, Juliana Inhasz, o crédito pode facilitar a vida do consumidor, que pode programar o desembolso do valor para a data de vencimento do cartão, aproveitando a taxa de câmbio vigente no dia da operação (e sem surpresas do valor que chegará em sua fatura). "Em um cenário de alta volatilidade ou variabilidade da taxa de câmbio, quem comprar moeda estrangeira no cartão de crédito poderá aproveitar o momento de uma taxa de câmbio considerada adequada, mesmo que não tenha o dinheiro para pagamento naquele momento." No entanto, como a operação não é gratuita, o consumidor deve fazer as contas para saber se vale a pena pagar no crédito. "Muitas vezes, a economia de poucos centavos pode não compensar a taxa que é cobrada pela operação."

Dica é comprar com antecedência e em dinheiro

Em alguns estabelecimentos só se pode usar dinheiro ou transferência

Em alguns estabelecimentos só se pode usar dinheiro ou transferência


/JONATHAN HECKLER/Arquivo/JC
Em estabelecimentos como a Cambionet, em Porto Alegre, por enquanto, só é possível comprar moeda estrangeira com pagamento em dinheiro vivo (espécie) ou por meio de transferência bancária (TED ou depósito). "Até vendo no cartão de crédito, à vista, mas não acho que valha a pena, porque, no meu caso, preciso cobrar uma tarifa de 6%, devido à máquina que utilizo", comenta o sócio da casa de Câmbio Ideal, Lucas Xavier Rech. Ele opina que para o cliente ainda é vantagem usar o cartão de crédito nas compras no exterior. "O imposto é o mesmo que o cartão pré-pago, e, além disso, hoje os bancos oferecem duas formas de cobrar as taxas: o cliente pode optar pela cotação do dia da compra ou pela que estiver valendo no dia do fechamento da fatura."
"A compra por cartão de crédito é vantajosa para quem quer aproveitar uma queda no valor do câmbio", admite o proprietário da Prontur, Pietro Predebon. Outra vantagem é que, além de manter o preço do câmbio em um dia de cotação favorável, usar o cartão de crédito para comprar a moeda no Brasil é melhor do que usá-lo em lojas no exterior. Isso porque o cliente tem a possibilidade de pagar o IOF de 1,1%, caso opte por levar moeda em espécie. Quando o cartão de crédito é usado no exterior, o imposto cobrado é de 6,38%.