As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quarta-feira (15), pressionadas pelo fraco desempenho de ações de tecnologia e preocupações com a crise da Turquia.
Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto teve forte queda de 2,08%, encerrando o pregão a 2.723,26 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto apresentou baixa semelhante, de 2,12%, a 1.481,82 pontos. Papéis de tecnologia se destacaram negativamente na China hoje, mas houve perdas também entre empresas do setor de saúde e fabricantes de aparelhos domésticos e vinho.
No Japão, o Nikkei caiu 0,68%, a 22.204,22 pontos, após relatos de que o governo chinês poderá desacelerar suas aprovações para novos jogos eletrônicos. Apenas a Nintendo sofreu um tombo de quase 3% em Tóquio.
Em outras partes da Ásia, papéis de tecnologia também pesaram sobre o Hang Seng, que recuou 1,55% em Hong Kong, a 27.323,59 pontos, atingindo o menor nível em um ano, e o Taiex, que caiu 0,99% em Taiwan, a 10.716,75 pontos, seu pior patamar em cinco semanas. Já a bolsa de Coreia do Sul não operou hoje, devido a um feriado nacional.
A crise turca também continua sendo motivo de preocupação para investidores globais.
Embora a lira turca esteja em seu segundo dia de recuperação nesta quarta, depois de registrar acentuadas perdas entre o fim da semana passada e o começo desta em meio a divergências entre Turquia e EUA, o governo turco anunciou mais cedo uma forte elevação de tarifas sobre uma série de produtos americanos, incluindo carros, álcool, carvão e arroz. A iniciativa veio depois que os EUA decidiram, na última sexta-feira, dobrar tarifas sobre aço e alumínio importados da Turquia.
Além disso, uma corte turca rejeitou nesta quarta um recurso que pedia a libertação do pastor americano Andrew Brunson, pivô das recentes desavenças comerciais entre Turquia e EUA.
Na Oceania, a bolsa australiana ignorou o tom negativo da Ásia e o índice S&P/ASX 200 avançou 0,47% em Sydney, a 6.329,00 pontos, alcançando o maior nível desde o início de 2008, graças ao bom desempenho de ações do segmento de saúde.