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Comércio Exterior

- Publicada em 14 de Agosto de 2018 às 22:11

Exportações gaúchas caem 15,6% em julho

Estado exportou US$ 1,3 bilhão durante o período, apontou a Fiergs

Estado exportou US$ 1,3 bilhão durante o período, apontou a Fiergs


/TECON RIO GRANDE/DIVULGAÇÃO/JC
As exportações totais gaúchas em julho sofreram uma queda de 15,6% em julho ante o mesmo mês de 2017, de acordo com a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). As vendas externas somaram um total de US$ 1,3 bilhão comercializado no mês passado, contra US$ 1,6 bilhão no mesmo período do ano passado.
As exportações totais gaúchas em julho sofreram uma queda de 15,6% em julho ante o mesmo mês de 2017, de acordo com a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). As vendas externas somaram um total de US$ 1,3 bilhão comercializado no mês passado, contra US$ 1,6 bilhão no mesmo período do ano passado.
A contração foi generalizada, com todos os segmentos econômicos apresentando variações negativas. O grupo de produtos básicos foi responsável por US$ 434 milhões, 21,1% menor do que o de julho de 2017. Já a indústria de transformação gaúcha reduziu em 12,7% suas exportações em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, ao vender para o exterior US$ 897 milhões. Contribuíram mais significativamente para esse resultado negativo máquinas e equipamentos (-28,2%), e veículos automotores (-20,3%). Os segmentos de alimentos (9,2%) e celulose e papel (20,5%) se destacaram positivamente, mas o avanço foi insuficiente para compensar as perdas.
"Houve uma redução nas vendas para os nossos principais mercados, China, Argentina e Estados Unidos, especialmente esse último. Uma melhora nos próximos meses poderá ocorrer na medida em que a incerteza nos mercados globais diminua, uma vez que a taxa de câmbio tem se mantido em um patamar mais desvalorizado", diz o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, ao comentar a balança comercial.
Em relação às importações, US$ 1,2 bilhão foi adquirido em mercadorias em julho deste ano, 46,1% maior do que no mesmo mês de 2017. Com exceção de bens de consumo duráveis, que teve queda de 7,1%, todas as categorias de uso apresentaram variações positivas significativas, com destaque para os 38% nos bens de capital.
No acumulado de janeiro a julho, porém, o resultado das exportações do Rio Grande do Sul é diferente do mês passado: somaram US$ 11,9 bilhões, valor 20,7% maior do que o verificado no mesmo período do ano passado. Grande parte dessa elevação se deve aos 25,1% de aumento nos produtos industriais, que corresponderam por 72,4% do total das vendas externas do Estado no período. Em especial, o segmento de material de transporte, em função da contabilização como exportação de uma plataforma de petróleo e gás no valor de US$ 1,53 bilhão para a Holanda, o que não ocorreu no ano passado.
Mesmo se não fosse considerada a plataforma, o resultado ainda seria positivo para as exportações gaúchas em 5,2%. Das 24 categorias industriais para as quais houve algum embarque em 2018 até julho, 13 apresentaram crescimento em relação a 2017, principalmente celulose e papel, com 93,8%, total de US$ 628 milhões.
As importações, por outro lado, somaram US$ 6,3 bilhões no acumulado do ano, crescendo 20% em relação a 2017. Com isso, a balança comercial do Rio Grande do Sul registrou superávit de US$ 103 milhões em julho, acumulando US$ 5,6 bilhões positivos em 2018, o maior valor para essa base de comparação em toda a série histórica.
JC

Crise turca deve ter pouco impacto nos embarques, mas câmbio preocupa

A Fiergs também comentou sobre possíveis impactos da crise fiscal turca no comércio exterior gaúcho. De acordo com a federação, pela via comercial, os abalos da crise turca no Rio Grande do Sul e no Brasil serão pequenos. O principal impacto sobre o País ocorreria na taxa de câmbio e nos ativos financeiros, em decorrência da maior aversão global ao risco, principalmente em relação aos mercados emergentes.

A Turquia participa com 0,9% da pauta de exportações e 0,2% das importações do Estado. Em 2018, os embarques para o país atingiram US$ 106 milhões. Os principais produtos embarcados foram fumo em folhas
(US$ 31 milhões), bovinos vivos (US$ 56 milhões) e químicos
(US$ 56 milhões). No que tange às importações, o Estado comprou US$ 11 milhões em 2018, dos quais destacam-se químicos (US$ 2 milhões) e máquinas e equipamentos (US$ 2 milhões).