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Economia

- Publicada em 15 de Agosto de 2018 às 01:00

Após tombo em maio, setor de serviços avança 6,6% em junho

Corte no orçamento familiar diminuiu o movimento nos restaurantes

Corte no orçamento familiar diminuiu o movimento nos restaurantes


MARIANA CARLESSO/JC/MARIANA CARLESSO/JC
O volume de serviços prestados cresceu 6,6% em junho ante maio, após um recuo de 5% no mês anterior. O avanço de junho foi suficiente para levar os serviços a um patamar superior ao de abril, antes que o bloqueio de estradas por todo o País prejudicasse a atividade. Apesar da recuperação registrada pelos serviços em junho, as perdas provocadas pela greve dos caminhoneiros no mês de maio são irreparáveis, avaliou Rodrigo Lobo, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O volume de serviços prestados cresceu 6,6% em junho ante maio, após um recuo de 5% no mês anterior. O avanço de junho foi suficiente para levar os serviços a um patamar superior ao de abril, antes que o bloqueio de estradas por todo o País prejudicasse a atividade. Apesar da recuperação registrada pelos serviços em junho, as perdas provocadas pela greve dos caminhoneiros no mês de maio são irreparáveis, avaliou Rodrigo Lobo, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo Lobo, embora o volume de serviços prestados supere o nível de abril, a perda do mês seguinte já foi assimilada à trajetória do segmento no ano. "No final do ano, se a gente tiver resultado positivo para o setor de serviços, o resultado teria sido maior ainda se não fosse a greve de caminhoneiros, que provocou perdas irreparáveis. Se for negativo, ele poderia ter sido menos negativo se não fosse a greve", resumiu Lobo.
O desempenho extraordinário dos serviços em junho ante maio, com a maior elevação da série histórica, teve influência do salto recorde de 23,4% no transporte terrestre. Com estoques elevados, por conta da paralisação, o setor produtivo pode ter contratado mais serviços de frete que o habitual, para dar conta de escoar o que ficou encalhado em maio.
"O cenário mais provável é que tenha, sim, em transportes algum tipo de devolução desse crescimento mais acentuado de junho na série ajustada sazonalmente", previu Lobo. "Tanto a parte de serviços deve devolver um pouco, quanto a parte de transporte de cargas também. A base de comparação está extremamente elevada para esse segmento", completou.
O segmento de serviços prestados às famílias caiu 2,5% em junho ante maio. "Os restaurantes puxaram essa queda nos serviços prestados às famílias", explicou Lobo. O segmento de restaurantes responde por 45% dos serviços prestados às famílias. Segundo o gerente, a situação difícil no mercado de trabalho e na renda familiar leva a uma conjuntura desfavorável, em que as pessoas podem preferir poupar ao invés de gastar.
"A greve de caminhoneiros não é preponderante, a queda no segmento (de restaurantes) já vinha de antes. É mais uma questão financeira. As pessoas estão preferindo comer em casa e usar quentinhas informais do que comer em restaurantes. É muito mais uma questão conjuntural do que um entendimento de como a greve de caminhoneiros afetou o setor de restaurantes", afirmou.
 
Folhapress
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